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CeBIT 2008

Rolf Wenkel (ca)5 de março de 2008

Há tempos que o ramo de tecnologia de comunicação não atentava para o consumo energético de laptops, computadores pessoais e console de jogos. Isto deverá mudar, segundo quer a CeBIT.

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CeBIT aposta na ecologiaFoto: AP

No tocante à proteção ambiental e às mudanças climáticas, o ramo de informação e comunicação deve estar com a consciência pesada. Quando, no começo de 2007, o encontro do G8 em Heiligendamm colocou o tema mudanças climáticas nas manchetes mundiais, a CeBIT já havia há muito acabado, sem haver tocado no tema.

Mas isto deve mudar. Nunca, na CeBIT, um tema foi tão nitidamente declarado como tendência como a "TI verde", a tecnologia de informação ecológica que o ramo já pratica há muito, segundo informações próprias.

CeBIT 2008 Aufbau
'TI Verde' na CeBITFoto: Picture-Alliance /dpa

O presidente da Bitkom (Federação Alemã de Empresas de Informação), August Wilhelm Scheer, afirma que "é sempre melhor pegar o trem andando do que correr atrás dele". Por sua vez, Ernst Raue, diretor da Deutsche Messe AG, complementa que "não se trata de uma manobra de relações públicas. Trata-se de um tema bastante sério que ocupa quase todos os participantes internacionais do ramo de tecnologia de informação."

Centro de processamento de dados – um devorador energético

De fato, o consumo energético mundial de centros de processamentos de dados chega a mais de 120 bilhões de quilowatt/hora. Isto resulta numa conta de energia elétrica de 5,5 bilhões de euros e corresponde à produção anual total de uma empresa de eletricidade alemã. Até 2010, esta demanda energética deverá se elevar em 60%.

Mas o setor de TI considera as críticas injustas, pois – mesmo sendo responsável por 2% da emissão mundial de CO2 – contribui com cerca de 6% da criação da riqueza mundial. No tocante ao balanço energia-eficiência, o ramo seria três vezes melhor do que a média de todos os outros.

Além disso, argumenta o chefe da IBM alemã, Martin Jetter, o uso energeticamente otimizado de instrumentos, instalações e processos na economia como um todo não seria possível sem a tecnologia de informação moderna. O cliente também tem que participar, afirma Jetter.

Um estudo da organização britânica sem fins lucrativos Fundação para Economia de Energia mostrou que o potencial de eficiência só é completamente aproveitado quando o consumidor utiliza tecnologias modernas de forma inteligente.

"Através de um comportamento ecologicamente consciente, o consumo energético, até mesmo de aparelhos modernos, poderia ser diminuído para um sexto". Ou seja, do fator 100 para 17, explica.

Uma aldeia ecológica na CeBIT

A prova está no pavilhão de número nove da feira que estará aberta até 09/03 próximo em Hannover. Ali está construída a assim chamada Vila Verde – a aldeia ecológica.

04.03.2008 DW-TV Journal Wirtschaft Minireportage Cebit
Empresários de TI não conhecem demanda energéticaFoto: DW-TV

"Colocamos um escritório modelo", explica Philipp Karch, diretor da área de Meio Ambiente e Sustentabilidade na federação do ramo Bitkom: um escritório não muito diferente de cinco anos atrás com um monitor CRT normal, um computador de escritório, e aparelhos reprodutores de imagens como impressoras, escâneres, copiadoras, aparelhos de fax. E ali está o escritório do ano de 2008: "Temos ali um layout mais moderno com notebook, monitor LCD e um aparelho multifunção", acresce Karch.

O resultado pode ser visto por todos. Já na carga básica, o escritório antigo consome três vezes mais energia que o moderno. "Jogue o hardware antigo fora e compre um novo, então vocês poderão dormir de consciência limpa". Esta pode ser a mensagem que a CeBIT dirige não somente ao consumidor final, mas também ao próprio setor.

Muito tem de ser feito

"Segundo uma pesquisa atual do instituto de pesquisa de mercado Experton, somente 7% dos empresários alemães de TI conhecem a demanda energética de seu setor", afirma o chefe da IBM alemã, Martin Jetter.

"Não é de se admirar que, freqüentemente, em centros de processamento de dados, é preciso baixar com muito esforço a temperatura para 18°C, ainda que todos os equipamentos funcionariam sem problemas já a 26° Celsius", acrescenta Jetter.

Um primeiro resumo já pode ser feito da atual CeBIT. Há muito que fazer na área de proteção ambiental. Hoje, para cada euro investido em hardware, é necessário calcular 70 centavos de euro adicionais para energia e refrigeração. E a tendência é que fique cada vez mais caro. Para reverter tal tendência, muito tem de ser feito.