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ConflitosSíria

Governo sírio bombardeia acampamento e mata refugiados

6 de novembro de 2022

Ataques com misseis de tropas de Assad deixam no mínimo nove mortos e 75 feridos em reduto rebelde Idlib. Consta que militares sírios tiveram apoio russo. Ofensiva constitui violação de cessar-fogo fechado em 2020.

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Homem corre enquanto canhão de mísseis dispara sob barraca
Rebeldes responderam com artilharia e mísseis contra tropas de Bashar al AssadFoto: OMAR HAJ KADOUR AFP via Getty Images

As Forças Armadas do governo da Síria bombardearam neste domingo (06/11) barracas que abrigavam famílias desalojadas de redutos rebeldes da província de Idlib, causando nove mortes e ferindo pelo menos 75 pessoas. As facções opositoras teriam retaliado com artilharia e mísseis contra posições do governo.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, as tropas do ditador Bashal al Assad dispararam cerca de 30 mísseis contra áreas sob controle dos rebeldes, inclusive o acampamento Maram. Entre os mortos estariam três crianças e uma mulher.

As informações são corroboradas pela oposicionista Defesa Civil Síria, conhecida como Capacetes Brancos. O Observatório relata, ainda, que teriam sido empregadas bombas de fragmentação, condenadas pelas leis humanitárias internacionais.

Imagens do campo de refugiados mostram barracas dilaceradas e destroços de mísseis e manchas de sangue pelo chão. A emissora de rádio pró-governo Sham FM noticiou que o Exército sírio atacara postos do Hayat Tahrir al-Sham, o grupo militante mais poderoso de Idlib, ligado à Al Qaeda. Aviões de guerra sírios e russos também teriam bombardeado as áreas.

Centenas de milhares de mortes em 11 anos

Desencadeada em março de 2011, a guerra civil síria já vitimoucentenas de milhares de vítimas civis, desalojou a metade da população do país (23 milhões antes da guerra) e destruiu amplas áreas.

No conflito, a Rússia e o Irã estão do lado das tropas do presidente Assad, enquanto a Turquia apoia as forças de oposição. A província de Idlib, último reduto dos rebeldes, tem aproximadamente 3 milhões de habitantes, cerca da metade dos quais, desalojados.

O bombardeio é a mais recente violação do cessar-fogo de março de 2020 entre a Rússia e a Turquia, que deu fim à ofensiva do governo da Síria sob apoio russo na região.

av (AP,AFP,DPA)