1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Governo alemão aprova plano de defesa civil

24 de agosto de 2016

Gabinete da chanceler federal Angela Merkel dá sinal verde para a controversa estratégia que, entre outros fatores, encoraja a população a armazenar água e alimentos para o caso de ameaças à segurança nacional.

https://p.dw.com/p/1JoEu
Deutschland Kabinettssitzung in Berlin
Foto: Reuters/H. Hanschke

O gabinete da chanceler federal da Alemanha, Angel Merkel, aprovou nesta quarta-feira (24/08) uma controversa estratégia de defesa, que visa assegurar melhor proteção aos cidadãos em caso de catástrofes ou ameaças terroristas.

Segundo o governo, o novo plano, que substitui uma estratégia anterior de 1995, visa preparar a sociedade para as novas ameaças do século 21, como o terrorismo, as guerras cibernéticas e ataques à infraestrutura do país.

O documento alerta que "o ambiente da política de segurança foi novamente transformado" e diz que a Alemanha deve estar adequadamente preparada em caso de acontecimentos que ameacem sua existência no futuro.

Os detalhes do plano não foram oficialmente revelados, mas, segundo informações vazadas à imprensa, a estratégia cogita a possibilidade do retorno do serviço militar obrigatório na Alemanha, eliminado em 2011 após 55 anos de implementação. Essa proposta encontra forte oposição dentro da coalizão governista.

Outra proposta, que já se tornou alvo de controvérsias, visa encorajar os cidadãos a armazenar alimentos e água para situações de emergência. Partidos de oposição criticaram a medida, afirmando que apenas gera medo na população.

O plano relaciona ataques com armas convencionais, químicas e biológicas entre as possíveis ameaças que pairam sobre o país, e menciona também atentados a infraestruturas essenciais, como reservatórios de água, usinas geradoras de eletricidade e locais de armazenamento de gás.

Fontes do governo afirmam que as novas medidas não são uma resposta direta aos recentes ataques terroristas na Alemanha. Um porta-voz do Ministério do Interior disse que novas legislações com base no plano de contingência ainda não estão sendo planejadas.

RC/dpa/rtr