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General acusado de ligação com tráfico é ministro de Maduro

3 de agosto de 2016

Presidente venezuelano desmerece acusações de participação com o narcotráfico, feitas pelos Estados Unidos, e define general Néstor Luís Reverol Torres como "um patriota".

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Néstor Reverol
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Llano

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nomeou nesta terça-feira (03/08) para o Ministério do Interior e da Justiça o general Néstor Luís Reverol Torres, acusado no dia anterior pelos Estados Unidos de ligações com o tráfico de cocaína.

"Designei o major general Néstor Reverol como novo ministro do Interior, Justiça e Paz, para que fortaleça a Operação de Libertação do Povo [programa governamental de combate à criminalidade]", disse o presidente venezuelano durante seu programa de rádio e televisão.

Com 51 anos, o ex-diretor do Escritório Nacional Antidrogas da Venezuela e diretor da Guarda Nacional Bolivariana [polícia militar], Reverol foi acusado pelos Estados Unidos de estar alegadamente vinculado ao tráfico de cocaína.

Maduro condenou as acusações dos EUA e definiu o general como "um patriota", "um homem valente" que "bateu recordes na captura de narcotraficantes internacionais" e agora dará "duros golpes em grupos paramilitares".

As autoridades americanas formalizaram uma acusação por alegado tráfico de cocaína contra dois ex-dirigentes do Escritório Nacional Antidrogas da Venezuela: Reverol e o ex-subdiretor daquele organismo e atual adido militar venezuelano na Alemanha, Edylberto José Molina Molina.

A acusação, segundo informação publicada no site do Departamento de Justiça dos EUA, foi formalizada pelo Tribunal Federal do Distrito de Nova York, sendo os acusados alegadamente responsáveis de participar de uma "conspiração para distribuição internacional de cocaína" entre janeiro de 2008 e dezembro de 2010, quando ambos estavam encarregados da luta contra o tráfico de narcóticos.

Segundo a acusação, os acusados teriam recebido "pagamentos de traficantes de droga em troca de os ajudar na distribuição de cocaína para importação definitiva nos Estados Unidos". Os traficantes teriam sido alertados sobre futuras operações antidrogas e dos locais onde estavam agentes.

AS/lusa/efe