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Um ano sem Michael

25 de junho de 2010

Um ano após o falecimento de Michael Jackson, fãs da estrela pop o homenageiam com grandes eventos. Enquanto isso, a irmã e a mãe do cantor levantam especulações sobre um complô para matá-lo.

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Michael Jackson em seu 50º aniversário, em 2008Foto: AP

Há exatamente um ano morreu o cantor Michael Jackson. Em 25 de junho de 2009, o artista faleceu após uma dose do anestésico Propofol, ministrada pelo seu médico pessoal. Nesta sexta-feira, fãs de todo o mundo prestam homenagens ao astro.

Nos Estados Unidos, há diversos eventos planejados – a maioria deles na Califórnia, onde Jackson passou seus últimos anos de vida. Em um hotel de Beverly Hills, familiares, fãs e famosos participarão de uma cerimônia em memória do cantor. Fãs também são aguardados no túmulo de Jackson no cemitério de Forest Lawn, em Glendale, próximo a Los Angeles.

Família espalha rumores

Katherine Jackson – mãe da estrela pop – declarou ao canal de TV NBC em Nova York que, pouco antes de morrer, o filho temia por sua própria vida,. "Ele me disse algumas vezes que tinha a sensação de que alguém queria vê-lo morto", afirmou a senhora de 80 anos em entrevista.

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Jackson em um show em julho de 1984Foto: AP

La Toya Jackson também acredita em um complô para matar o irmão. Segundo a cantora de 54 anos, alguns queriam que ele morresse para lucrar com sua música e sua morte. "Michael foi assassinado por causa dos direitos de suas músicas", declarou ao canal britânico ITV na última quinta-feira. "Eles sabiam que Michael valeria muito mais morto do que vivo." Mas La Toya não disse quem poderia estar por trás de tudo isso.

Morte como negócio

O fato de o faturamento com a venda das obras de um astro aumentar após uma morte precoce faz parte das regras macabras do mundo dos espetáculos. Isso também foi provado no caso de Michael Jackson – cujo patrimônio artístico enche os bolsos dos herdeiros, segundo a agência de notícias AFP. Após a morte do cantor, o lucro com a venda de discos, direitos de imagem e suvenires é estimado em cerca de um bilhão de dólares, disse a agência.

Após a morte de Jackson, muitos se esqueceram de que sua estrela no céu da fama brilhava cada vez menos nos últimos anos. Enquanto o interesse por sua música diminuía, o volume de suas dívidas aumentava devido a seu estilo de vida extravagante. Segundo a mídia, suas dívidas chegavam a 500 milhões de dólares. O rancho Neverland estava prestes a ser levado a leilão.

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As irmãs Janet e La Toya com os filhos do cantor, Prince Michael Jackson II e Paris JacksonFoto: AP

A situação mudou de figura com o anúncio da morte do astro. Nas primeiras seis semanas após o falecimento, milhões de discos foram vendidos. A Nielsen, empresa de medição de audiência, estima que até junho deste ano as vendas mundiais tenham chegado a 24 milhões de álbuns. A este número somam-se 26,5 milhões de downloads na internet.

A revista especializada Billboard calcula que, apenas com a venda de música, 429 milhões de dólares tenham sido incorporados ao patrimônio de Jackson após sua morte. Outros 260 milhões foram arrecadados com o filme This is it, que registrou os ensaios para o seu show de retorno aos palcos.

Médico pessoal

O antigo médico pessoal de Michael Jackson, acusado de homicídio culposo, continua exercendo a profissão na Califórnia. Em 24 de junho de 2010, um tribunal em Los Angeles rejeitou o pedido das autoridades de cassar o registro profissional de Conrad Murray. O médico é acusado de ter ministrado a Jackson uma dose excessiva do anestésico Propofol. Ainda não se sabe quando terá início o processo contra ele.

Autor: Martin Schrader/Luisa Frey
Revisão: Carlos Albuquerque