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Fusão de Fiat Chrysler e Peugeot cria 4ª maior montadora

18 de dezembro de 2019

Negócio deve levar até 15 meses para ser concluído, originando grupo com receita de quase 170 bilhões de euros e produção de 8,7 milhões de carros por ano. Acerto visa gerar economia anual de 3,7 bilhões de euros.

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Logomarcas da Peugeot e da Fiat
Fusão deve tornar supérfluos milhares de postos de trabalho nas duas empresasFoto: picture-alliance/AA/A. Unal

Os conselhos de administração do grupo francês PSA, proprietário das marcas Peugeot, Citroën e Opel, e da montadora ítalo-americana Fiat Chrysler Automobiles (FCA) assinaram nesta quarta-feira (18/12) um acordo vinculativo para a fusão que deve criar a quarta maior montadora do mundo.

As empresas afirmaram, em comunicado conjunto, que o novo grupo, a ser sediado na Holanda, será liderado pelo português Carlos Tavares, diretor executivo do grupo PSA, tendo como presidente o atual chefe da Fiat Chrysler, o ítalo-americano John Elkann.

O negócio foi anunciado em outubro  como uma fusão em que os acionistas de ambos os grupos passam a deter, respectivamente, 50% do capital da nova entidade, dividindo igualmente os lucros. Entretanto a PSA tem um assento extra no conselho de administração e Tavares na liderança, dando à montadora francesa o domínio na gestão.

Os executivos disseram esperar que a fusão leve de 12 a 15 meses para ser concluída, originando um grupo com receita de quase 170 bilhões de euros e produção de 8,7 milhões de carros por ano – logo atrás da Toyota, Volkswagen e da aliança Renault-Nissan.

As ações da Fiat Chrylser subiram quase 2% em Milão, enquanto as da Peugeot dispararam 4,2% em Paris. Espera-se que a fusão possibilite uma economia anual de 3,7 bilhões de euros, a serem investidos na "nova era da mobilidade sustentável'' e no atendimento aos novos e mais severos regulamentos sobre emissões, particularmente na Europa.

A nova empresa começará com uma base sólida na Europa, onde a PSA é a segunda maior montadora, enquanto a Fiat obtém a maior parte de seus lucros na América do Norte e tem uma forte presença na América Latina. A nova montadora tentará fortalecer sua posição na China, onde nem a PSA nem a FCA apresentam bons números. "Isso faz parte das oportunidades", declarou Tavares. "Não estamos feliz com o nosso desempenho lá. Achamos que deveríamos estar melhor na China.''

O novo gigante automotivo deve enfrentar desafios difíceis. Uma das primeiras tarefas deverá ser a redução de excesso de capacidade. De acordo com a consultoria LMC Automotive, as fábricas de ambas as montadoras têm capacidade para a produção de 14 milhões de veículos anualmente, cerca de 60% a mais do que conseguem efetivamente vender. Especialistas também veem potencial de cortes na variedade de marcas e plataformas. A fusão pode tornar supérfluos milhares de postos de trabalho.

MD/ap/rtr

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