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Fundos éticos: investir em ações e no meio ambiente

29 de julho de 2020

Investimentos sustentáveis ganham cada vez mais adeptos. Mas é possível lucrar com eles? Eles são realmente verdes? O Futurando responde essas e outras questões sobre o tema.

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Symbolbild Insel aus Euromünzen mit Pflanze
Foto: Fotolia/Fantasista

O investimento ético define uma nova forma de aplicação financeira que promete conciliar sustentabilidade e lucro. Ele leva em conta três pontos principais: meio ambiente, sociedade e governança. Teve origem em 1758, quando alguns grupos religiosos proibiram seus membros de lucrarem com o tráfico de escravos. Mas a era moderna do investimento ético só evoluiu nos anos 1960, com o boicote. Uma das estratégias usadas é a de exclusão, chamada "desinvestimento”. Confira detalhes dessa abordagem no Futurando.

A equipe da DW foi a Indonésia para mostrar uma ideia de negócio ligada a proteção ambiental. O banqueiro Dharsono Hartono resolveu comprar uma floresta equatorial na ilha de Bornéu, com quase o dobro do tamanho da cidade do Rio de Janeiro. O governo do país cedeu a ele o direito de uso pelos próximos 60 anos, com a condição de proteger a região. Agora, ele vende créditos de carbono para multinacionais como a Volkswagen. Críticos afirmam, porém, que o comércio de créditos de carbono "limpa” a imagem de empresas, embora elas continuem contribuindo com o aquecimento global. 

E na Índia, frutos de árvores sagradas se transformaram em negócio rentável. Antes, moradores locais derrubavam árvores centenárias para agricultura e pastagem. Eles descobriram uma fonte de renda sustentável: as frutas das árvores Bibhitaki. Elas são usadas na produção de fitoterápicos da medicina ayurveda. Conheça esse trabalho que, além de ajudar a comunidade e proteger a floresta, também movimentou cerca de 600 mil reais em 2019.

Para entender mais sobre a importância da natureza na economia, o Futurando ouviu a opinião de Pavan Sukhdev, diretor da Iniciativa Global para um Amanhã Sustentável, presidente do WWF International e embaixador do Meio Ambiente da ONU. Ele discute os sistemas financeiros atuais que acabam destruindo a natureza, o tecido social e a saúde humana. "Está destruindo bens públicos enquanto tenta criar riqueza privada nas mãos dos acionistas. Se não há lei que proíba isso, por que não as criamos?”

O programa também apresenta o gavial: um dos animais mais raro do mundo. Esse crocodiliano é uma das espécies mais ameaçadas de extinção do planeta. Atualmente, ele só é encontrado em três países. Um projeto liderado pela ONG Wildlife Trust quer mudar isso. Não perca, é no Futurando!