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Filarmônica de Berlim escolhe novo regente

22 de junho de 2015

Maestro russo Kirill Petrenko é eleito para exercer o cargo, um dos mais importantes da música clássica, a partir de 2018. Ele substituirá o inglês Simon Rattle, que ocupa o posto desde 2002.

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Foto: picture-alliance/AP/S. Hoppe

A Filarmônica de Berlim anunciou nesta segunda-feira (22/06) que o russo Kirill Petrenko será seu novo maestro titular, um dos cargos mais importantes da música clássica mundial. Ele substituirá o inglês Simon Rattle, que deixará o posto em 2018 para assumir a Orquestra Sinfônica de Londres.

O processo, semelhante à eleição de um novo papa por causa do clima de segredo que o envolve, foi acompanhado com interesse por fãs de música em todo o mundo. A Filarmônica de Berlim é a única das grandes orquestras que escolhe seu dirigente por meio de votação entre os músicos.

Prova da importância do cargo é que a Filarmônica de Berlim teve apenas três maestros titulares ao longo de seis décadas: o austríaco Herbert von Karajan (1954-1989), o italiano Claudio Abbado (1989-2002) e Rattle, no posto desde 2002.

Petrenko é atualmente diretor-geral da casa de ópera Bayerische Staatsoper, em Munique, e comandou a Komische Oper de Berlim entre 2002 e 2007. Seu nome não estava entre os mais cotados para assumir o cargo – ele havia dirigido a Filarmônica de Berlim apenas três vezes como convidado.

Berliner Philharmoniker Dirigent Simon Rattle mit Jugend Orchestra
Simon Rattle deixará Berlim para assumir a Orquestra Sinfônica de Londres, em 2018Foto: D. Kitwood/Getty Images

"Com Petrenko, a pergunta era simplesmente: 'Quando podemos convidá-lo novamente?'", disse o violinista Ulrich Knörzer, um dos 124 membros do conselho de músicos da filarmônica berlinense.

Entre os outros cotados para assumir o cargo estavam o letão Andris Nelsons, atual diretor da Orquestra Sinfônica de Boston, o venezuelano Gustavo Dudamel, que dirige a Filarmônica de Los Angeles, e o alemão Christian Thielemann, diretor da Staatskapelle de Dresden.

A decisão anunciada nesta segunda-feira encerra um impasse sem precedentes na história da orquestra. Em maio, os 124 músicos da filarmônica se reuniram para escolher o novo dirigente, mas não chegaram a um consenso. A situação, segundo alguns observadores, arranhou a reputação da casa.

RPR/dpa/afp/rtr