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Família refém do Talibã é libertada no Paquistão

12 de outubro de 2017

Exército paquistanês comanda operação de resgate com apoio de serviço secreto dos EUA. Sequestrados no Afeganistão, americana e canadense tiverem três filhos durante os cinco anos em que estiverem em cativeiro.

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Caitlan Coleman e Joshua Boyle em vídeo divulgado por insurgentes em 2014
Caitlan Coleman e Joshua Boyle em vídeo divulgado por insurgentes em 2014Foto: picture-alliance/Candioan Press/Coleman Family

Uma americana, seu marido canadense e os três filhos do casal, que eram reféns de um grupo ligado ao Talibã, foram libertados no Paquistão, anunciaram nesta quinta-feira (12/10) autoridades paquistanesas e americanas. Sequestrada no Afeganistão, a família foi mantida em cativeiro durante quase cinco anos.

Em 2012, durante uma viagem turística que faziam no Afeganistão, Caitlan Coleman e o marido, Joshua Boyle, foram sequestrados pela rede Haqqani – grupo armado aliado ao Talibã e responsável por vários ataques contra as forças estrangeiras e locais no país. Na época do rapto, a americana estava grávida do primeiro filho. No cativeiro, o casal teve mais duas crianças.

A libertação da família foi anunciada pelo exército do Paquistão, que indicou que a operação de resgate contou com a colaboração dos serviços de inteligência americanos. Os reféns estavam um cativeiro em território paquistanês próximo à fronteira do país com o Afeganistão.

"Todos os reféns foram libertados sãos e salvos e estão em vias de serem repatriados para o seu país de origem", acrescentou o comunicado das forças de segurança paquistanesas. A operação de libertação ocorreu na quarta-feira.

Ainda não se sabe quando a família retornará para a América do Norte. Duas fontes oficiais americanas afirmaram à agência de notícias Reuters que Boyle se recusou a embarcar num avião militar dos EUA que os tiraria do Paquistão. Segundo a emissora americana CNN, o canadense foi casado com a irmã de um ex-detento de Guantánamo e poderia temer algum processo legal nos Estados Unidos.

A libertação dos reféns pode melhorar a conturbada relação diplomática entre os Estados Unidos e o Paquistão. "A cooperação do governo paquistanês é um sinal que este honra as exigências dos EUA para que faça mais para melhorar a segurança na região", afirmou o presidente americano, Donald Trump, no comunicado, no qual anunciou a libertação da família.

"Esperamos que este tipo de cooperação e de colaboração aconteça novamente para libertar os reféns restantes e durante as futuras operações conjuntas de combate ao terrorismo", acrescentou o presidente.

Em dezembro de 2016, o casal e dois de seus três filhos apareceram num vídeo divulgado pelos insurgentes afegãos.

CN/lusa/rtr/afp