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Facebook perde mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado

26 de julho de 2018

Ações da empresa caem cerca de 20% depois de divulgação de números do segundo trimestre do ano. Cifras mostrando desaceleração de crescimento do grupo, abalado por escândalo de dados, decepcionam investidores.

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Facebook
O chefe financeiro do Facebook, David Wehner, frisou que a empresa prevê que cifras "continuem em desaceleração"Foto: Reuters/D. Ruvic

As ações do gigante da tecnologia Facebook caíram nesta quinta-feira (26/07) cerca de 20% no índice Nasdaq. A queda foi uma reação de seu balanço trimestral mais recente, com receita e número de usuários que decepcionaram, ficando abaixo dos esperados pelos mercados.

Poucas horas depois da abertura do pregão em Wall Street, os títulos da companhia californiana estavam valendo 176,71 dólares, uma forte baixa em comparação aos 217,50 dólares que valiam no dia anterior. Ao longo do dia, as ações da empresa despencaram 18,96%.

Em um dia, a empresa perdeu cerca de 119 bilhões de dólares em valor de mercado. O pregão de quinta em Wall Street se tornou, assim, o pior para o Facebook desde que o grupo entrou na Bolsa, há mais de seis anos.

Esta foi também a maior perda de valor de mercado já sofrida por uma empresa em um único dia. O recorde anterior ocorreu em 2000, quanto a Intel perdeu 91 bilhões de dólares em valor em um dia.

Afetada em março pelo escândalo da Cambridge Analytica, a plataforma teve receita trimestral, no período encerrado em junho, de 13,2 bilhões de dólares, abaixo dos 13,36 bilhões de dólares projetados por analistas.

O crescimento na base de usuários ativos também se desacelerou, tendo sido de 1,4 bilhões (aumento de 11%, frente aos 13% registrados no segundo trimestre de 2017) e ficando abaixo dos 1,49 bilhões esperados pelos analistas.

O chefe financeiro do Facebook, David Wehner, frisou que a empresa prevê que na segunda metade do ano as cifras "continuem em desaceleração”.

O fundador e presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, lembrou que o forte investimento em segurança, as consequências do vazamento de informações pessoais e a difusão de notícias falsas "impactarão significativamente a rentabilidade”, acrescentando que "estamos começando a ver isso neste trimestre". Ele possui cerca de de 17% das ações da empresa.

Após o recente episódio envolvendo o uso indevido de dados de pelo menos 87 milhões de usuários por meio de um aplicativo manipulado pela consultoria política Cambridge Analytica. Zuckerberg foi chamado para dar explicações no Senado americano e no Parlamento Europeu.

O empresário pediu desculpas pelo vazamento de dados dos usuários da rede social e garantiu estar agindo para que escândalos como esse não voltem a acontecer. No Parlamento Europeu, Zuckerberg se comprometeu, em maio, a implementar todas as mudanças necessárias para manter os usuários protegidos, mas admitiu que isso demoraria "algum tempo".

MD/efe/rtr

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