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Exportações alemãs buscam mercados inexplorados

21 de fevereiro de 2012

Para pequenas e médias exportadoras alemãs, há muitos mercados a serem descobertos – e não apenas entre os países emergentes. Indonésia, Mongólia e Eslováquia também oferecem boas oportunidades.

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Foto: Fotolia/Oli_ok

A Indonésia é um bom exemplo de mercado com excelentes oportunidades para empresas alemãs de pequeno e médio portes. Em 2011, as importações do país cresceram mais de 30%. Nesse mesmo período, porém, as exportações alemãs para o país aumentaram apenas 4%.

Com três vezes mais habitantes do que a Alemanha, o país rico em matérias-primas tem um enorme mercado interno a ser explorado pelas exportadoras. É o que afirma Michael Pfeiffer, chefe da agência de desenvolvimento econômico do governo alemão, Germany Trade & Invest (GTAI).

Para Pfeifer, as pequenas e médias empresas alemãs deveriam olhar ao redor, pois "ainda há muito o que se descobrir". Além dos grandes mercados, segundo Pfeiffer, há os pequenos, que não estão tão em evidência e oferecem boas possibilidades para os produtos alemães.

O chefe da GTAI considera inaceitável o pequeno aumento das exportações alemãs para a Indonésia, por exemplo. "Podemos avançar mais, pois o mercado indonésio crescerá neste ano", disse Pfeiffer à Deutsche Welle. Sobretudo porque o país demanda produtos da indústria alemã, produzidos por empresas de menor porte: máquinas, equipamentos, produtos químicos, alimentos, automóveis e autopeças.

Novos destinos

Para a GTAI, os principais mercados de exportação de 2012, no sentido de "ali há muito o que explorar", são – além da Indonésia – Mongólia, Tunísia, Noruega, Eslováquia, Peru e México.

É claro que, neste ano, tudo deve continuar na mesma em relação aos mercados mais importantes para as exportações alemãs, os países vizinhos europeus, ressalta Pfeiffer. Os maiores importadores de produtos da Alemanha são a França, depois a Holanda, a Itália e a Grã-Bretanha.

Os Estados Unidos também fazem parte dos mercados mais importantes – quase empatados com a Holanda, na posição três do ranking. Destacam-se ainda as economias dos emergentes Brasil, Rússia, Índia e China.

"Há três anos, a nossa equipe estrangeira explora um punhado de países desconhecidos, os quais então apresentamos", diz Pfeiffer. Dessa vez, a Eslováquia é um deles. "Ninguém fala sobre o pequeno país, que está se desenvolvendo bem acima da média na Europa." As projeções de crescimento para este ano são de 1,7% e, para 2013, 2,7%. Em comparação, a Alemanha já ficaria satisfeita com um crescimento próximo de 1% em 2012.

Deutschland Wirtschaft Michael Pfeiffer
Pfeiffer: pequenos mercados que não estão em evidência oferecem boas possiblidadesFoto: gtai

Eslováquia e Mongólia

Atualmente se está investindo muito na construção de estradas e ferrovias na Eslováquia. O país goza de grande reputação por seus produtos eletrônicos e elétricos, mas apenas em círculos profissionais. "Você sabia que uma a cada quatro telas planas vendidas na Europa vem da Eslováquia?", pergunta Pfeiffer sobre o país que, para ele, mereceria mais atenção das empresas alemãs.

Pfeiffer também cita a Mongólia, cujo volume de comércio anual com a Alemanha é de apenas 150 milhões de euros. "Mas as exportações da Alemanha para a Mongólia estão dobrando a cada ano ", diz.

A Mongólia é rica em matérias-primas; necessita, porém, de infraestrutura. "Tudo precisa ser ampliado, pois o país está se beneficiando com o boom das commodities", afirma Pfeiffer. E, para ele, participar desse processo seria uma tarefa emocionante.

Autor: Klaus Ulrich (lpf)
Revisão: Francis França