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Executivo inglês indiciado por máfia de ingressos está foragido

Calle Kops (pv)11 de julho de 2014

Raymond Whelan, diretor executivo de empresa parceira da Fifa e suspeito de facilitar o acesso à uma máfia de cambistas na Copa do Mundo, é procurado pela polícia. Advogado diz que ele vai se entregar.

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WM 2014 Brasilien Verhaftung Ray Whelan Ticketskandal
Foto: picture-alliance/dpa

A polícia do Rio de Janeiro continua, nesta sexta-feira (11/07), à procura do inglês Raymond Whelan, executivo da empresa Match, única autorizada pela Fifa a vender ingressos da Copa. Investigado por participação numa quadrilha que teria lucrado R$ 1 milhão de reais com negociação ilegal de entradas, ele fugiu do Copacabana Palace na quinta-feira.

"Ele agora é considerado um fugitivo da justiça. Temos imagens de uma câmera de vigilância, que mostram como ele saiu do hotel por uma entrada de serviço", confirmou o delegado Fábio Barucke. "A Fifa é a maior fomentadora da prática do cambismo porque ela distribui ingressos, na maior parte dá cortesia aos integrantes do que destina ao público para venda."

Os investigadores já solicitaram 11 mandados de prisão temporária, um deles contra Whelan. O inglês, segundo as autoridades que investigam o caso, fugiu perante uma nova detenção iminente. Ele é suspeito de ter facilitado o acesso de uma máfia de cambistas aos ingressos da Copa do Mundo. Ele e sua empresa negam as acusações.

Whelan teria saído por uma das entradas dos fundos do Hotel Copacabana Palace – o quartel-general da Fifa neste Mundial – acompanhado de seu advogado. Segundo a imprensa local, o próprio advogado anunciou que o seu cliente vai se entregar, porém sem determinar data e local. A Match não foi encontrada para comentar a situação.

Alegação de inocência

Pouco antes, a empresa suíça havia divulgado um comunicado alegando a inocência de seu executivo e tecendo duras críticas às autoridades brasileiras que estão investigando o caso. Whelan foi preso na segunda-feira, porém liberado no dia seguinte. Em seguida, ele anunciou a cooperação com a polícia. Whelan teve que entregar seu passaporte à polícia. Até então, a Fifa negou tomar qualquer posição em relação às investigações.

Festnahme im WM-Ticketskandal
Raymond Whelan, quando foi detido. Ele agora é considerado um fugitivo da Justiça brasileiraFoto: Getty Images

A investigação contra Whelan pertence à ação policial de larga escala chamada "Operação Jules Rimet". O promotor Marcos Kac apresentou um total de 12 suspeitos, supostamente envolvidos na venda ilegal de ingressos. Todos serão indiciados por corrupção, venda ilegal de ingresso (cambismo), formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Alguns já se encontram em prisão temporária.

Segundo a agência de notícias AP, o delegado Fábio Barucke indicou ainda que dirigentes de futebol provavelmente também estariam envolvidos no esquema. Até agora, apenas 25.000 das 50.000 ligações telefônicas foram analisadas. Cerca de 900 ligações entre Whelan e o principal suspeito de chefiar a quadrilha, o argelino Lamine Fofana, estão documentadas. Segundo a Match, Raymond Whelan teria efetuado apenas negócios legais com Lamine Fofana.