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Ex-guarda de Bin Laden não será extraditado da Alemanha

16 de junho de 2016

Apesar de ser considerado como "ameaça", tribunal permite permanência de tunisiano na Alemanha, devido ao risco de ele ser submetido a tortura em seu país de origem.

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Foto: WDR

A Justiça alemã decidiu não extraditar para a Tunísia o ex-guarda-costas do terrorista Osama Bin Laden. Sami. A, que vive em Bochum, no nordeste da Alemanha, é apontado como um risco em potencial.

Em maio do ano passado, o Tribunal Administrativo Superior de Münster decidiu que ele representa "uma ameaça aguda considerável à segurança pública", mas nesta quarta-feira (15/06) uma corte de Gelsenkirchen decidiu que não vai enviá-lo de volta à Tunísia.

A justificativa é de que, com as mudanças políticas no país, Sami A. corre o risco de ser torturado. Considerado cérebro da cena islâmica alemã, ele era confidente de Bin Laden, mas não é acusado de nenhum crime. O tunisiano nega que tenha sido guarda-costas do ex-líder da Al-Qaeda, morto em 2011 no Paquistão por forças especiais americanas.

A chefe do conselho de refugiados do estado da Renânia do Norte-Vestfália, Birgit Naujoks, declarou não haver evidências claras de que Sami A. represente de fato uma ameaça à Alemanha.

O governo federal alemão quer incluir a Tunísia, Algéria e Marrocos na lista de países considerados seguros. Dessa maneira, requerentes de asilo proveniente desses países não podem ser reconhecidos como refugiados na Alemanha. As mudanças na lei de asilo alemã serão votadas nesta sexta-feira.

KG/dpa/wdr