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Europa inicia reabertura gradual após alívio da pandemia

11 de maio de 2020

França, Espanha Alemanha e Reino Unido reabrem mais setores e retomam parcialmente as aulas. Queda nos números da pandemia e pressão econômica levam governos a relaxarem medidas de confinamento.

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No Reino Unido, governo encoraja a volta ao trabalho em alguns setores da economia
No Reino Unido, governo encoraja a volta ao trabalho em alguns setores da economiaFoto: Reuters/P. Nicholls

Vários países europeus deram início nesta segunda-feira (11/05) ao relaxamento das medidas de confinamento e isolamento social, enquanto os governos estão sob forte pressão para a reabertura de suas economias em meio à pandemia de covid-19 que já matou mais de 280 mil pessoas em todo o mundo.

O Reino Unido delineou um plano para o alívio das restrições, enquanto Espanha, França e Alemanha deram início a um relaxamento gradual das medidas de prevenção.

Já a Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, propôs aos países do bloco a prorrogação do fechamento das fronteiras externas até 15 de junho.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que ainda é cedo para encerrar o lockdown, mas anunciou que a partir de agora as pessoas poderão retomar algumas atividades, como fazer exercícios ao ar livre, e encorajou a volta ao trabalho em alguns setores da economia. Entretanto, autoridades regionais e políticos de oposição disseram que a estratégia do governo é bastante confusa e pedem maior clareza por parte do governo.

Johnson avaliou que as restrições geraram um "custo colossal ao nosso estilo de vida", mas disse que seria "loucura" prejudicar os progressos obtidos pelo país para conter a doença com uma reabertura precoce. Após sete semanas de confinamento, mais de 31,8 mil pessoas morreram pelo novo coronavírus, número menor apenas do que o registrado nos Estados Unidos.

A queda na contagem diária dos óbitos levou os governos a iniciar o relaxamento gradual. Na França, o número caiu para 70 – o menor desde o início de abril – neste domingo, e na Espanha, uma das nações mais afetadas em todo o globo, a contagem ficou abaixo dos 200.

A partir desta semana, os franceses poderão pela primeira vez em oito semanas sair às ruas sem a necessidade de requerer uma permissão das autoridades. Os professores retornarão às escolas primárias, e algumas lojas poderão reabrir, o que deve gerar um fluxo maior de passageiros no metrô de Paris.

"Vivemos uma recessão bastante brutal", disse o ministro da Economia, Bruno Le Maire. Ele ressaltou que a coisa mais responsável a se fazer é voltar ao trabalho.

Os espanhóis podem planejar encontros com amigos e parentes nos ambientes externos de bares e restaurantes, apesar de os locais mais afetados, como as regiões de Madri e Barcelona, continuarem sob restrições. O país registrou o menor número de mortes por covid-19 desde o dia 17 de março. Foram 123 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos no país para 27 mil, e 400 novos casos da doença.

A Alemanha permitiu a retomada parcial das aulas nas escolas e das atividades em alguns setores do comércio, assim como a reabertura de áreas de recreação, igrejas e instituições como museus e zoológicos que estiveram fechados em razão da covid-19, a doença causada pelo coronavírus.

Entretanto, pouco depois do relaxamento das medidas de restrição a taxa de contágio voltou a aumentar no país. Nesta segunda-feira, números divulgados pelo Instituto Roberto Koch (RKI) revelam que a chamada taxa de reprodução do vírus chegou a 1,13 no domingo, após o índice de 1,1 registrado no sábado. Na sexta-feira, a taxa era de 0,83.

O total de casos confirmados de covid-19 na Alemanha nesta segunda-feira é de 169.575, e o de mortes em decorrência da doença, de 7.417. Desde o início da epidemia no país, cerca de 145,6 mil pessoas se recuperaram da doença.

Na Suíça, as escolas reabrem após semanas de quarentena. No país, onde houve mais de 30 mil casos de covid-19 e 1,5 mil mortes, as autoridades afirmam que as crianças mais novas raramente sofrem os efeitos da doença e que a transmissão através delas é baixa. 

O governo menciona estudos científicos para embasar essas afirmações, apesar de uma avaliação da força-tarefa suíça contra o novo coronavírus afirmar que pouco se sabe sobre o papel das crianças na transmissão da doença.

Na Itália, os números da epidemia mantiveram a tendência de queda. O país teve 165 mortes no domingo, contra 194 do dia anterior. Segundo a Agência de Proteção Civil, foram registrados 802 novos casos, bem abaixo dos 1.083 do sábado. Até agora, o país soma 30.560 mortes, sendo o terceiro com mais portes em todo o mundo.

RC/rtr/afp/ap

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