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Euro volta a cair e atinge cotação mais baixa em nove anos

5 de janeiro de 2015

Após declarações do presidente do BCE, Mario Draghi, sobre a política econômica para a zona do euro e diante de incertezas quanto ao futuro da Grécia, moeda europeia começa a semana em nova baixa.

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Griechische Euro-Münzen euro griechenland athen
Foto: dpa

O euro atingiu sua cotação mais baixa em nove anos nesta segunda-feira (05/01), diante de novas dúvidas quanto ao compromisso da Grécia com a zona do euro e da possibilidade de deflação no continente.

O euro caiu para 1,8605 dólar na abertura dos mercados asiáticos, seu valor mais baixo desde março de 2006. Na abertura dos mercados europeus, a moeda chegou a 1,1964 dólar, 0,3% abaixo da cotação da última sexta-feira.

Investidores estão apostando que o Banco Central Europeu (BCE) abrirá um programa de compra de títulos de governo, como fizeram os bancos centrais dos EUA, do Japão e do Reino Unido, influenciados por uma entrevista com o presidente do BCE, Mario Draghi, publicada no jornal financeiro alemão Handelsblatt na última sexta-feira.

Draghi disse ao jornal que o risco de que o banco não cumpra sua meta de inflação é maior do que era há seis meses. O presidente do BCE afirmou que preparativos para "eventuais medidas adicionais necessárias" estão em curso, e que a compra de títulos de governo faz parte do arsenal de ferramentas do banco. Economistas preveem que a inflação da zona do euro tenha retraído 0,1% em dezembro, o primeiro declínio registrado desde 2009.

O debate sobre a possibilidade de eleições no final de janeiro levarem à saída da Grécia da zona do euro também agitou os mercados nesta segunda-feira. No domingo, a revista alemã Der Spiegel noticiou que a chanceler federal alemã, Angela Merkel, estava disposta a aceitar que a Grécia deixasse a zona do euro caso os gregos escolham um governo que mude a política de austeridade vigente atualmente no país.

Na sequência, o vice-chanceler federal alemão, Sigmar Gabriel, declarou que o governo alemão quer a Grécia permaneça na zona do euro e que não há planos de contingência para o contrário.

LPF/rtr/ap