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EUA vetam resolução na ONU sobre Jerusalém

18 de dezembro de 2017

Texto apresentado pelo Egito pedia que Estados Unidos voltassem atrás sobre reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. Embaixadora americana classifica votação no Conselho de Segurança de insulto.

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Resolução foi apoiada por 14 dos 15 países do Conselho de Segurança
Resolução foi apoiada por 14 dos 15 países do Conselho de Segurança Foto: Reuters/B. McDermid

Os Estados Unidos vetaram nesta segunda-feira (18/12) uma resolução apoiada por 14 países no Conselho de Segurança da ONU e que solicitava que Washington voltasse atrás em seu reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel e na decisão de mudar sua embaixada para essa cidade.

Leia mais: O que está por trás da decisão de Trump sobre Jerusalém?

Apresentada pelo Egito, a resolução recebeu o apoio inclusive de tradicionais aliados americanos, como Reino Unido, França e Japão. O texto pedia que fosse rescindida qualquer decisão contrária ao estabelecido pelas Nações Unidas em relação a Jerusalém e, especificamente, solicitava que os países evitassem estabelecer missões diplomáticas na cidade.

A resolução lamentava as "recentes decisões" sobre o status da cidade, em referência à decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

"Nenhum país vai dizer aos Estados Unidos onde podemos colocar nossa embaixada", disse a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, após usar pela primeira vez o seu direito de veto desde que assumiu o cargo.

Haley alegou que a medida de Trump sobre Jerusalém é uma decisão soberana de seu país e insistiu que o movimento não prejudica em nada o processo de paz no Oriente Médio, que está travado há anos. "O que vimos hoje no Conselho de Segurança é um insulto e não será esquecido", ressaltou Haley.

O status de Jerusalém é uma das questões centrais no conflito entre israelenses e palestinos. Israel capturou a parte oriental, predominantemente árabe, da cidade sagrada durante a Guerra dos Seis Dias (1967). Sua reivindicação para toda a cidade, a qual Israel vê como a antiga capital do povo judeu, nunca foi reconhecida internacionalmente. Apesar disso, no início de dezembro, Washington anunciou a transferência de sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.

Esse foi o primeiro veto do governo Trump no Conselho de Segurança. A última vez que a Casa Branca tinha utilizado o poder de bloquear decisões contrárias aos interesses no principal órgão de decisão da ONU foi em 2011. Além dos EUA, o Reino Unido, a China, a França e a Rússia possuem o poder de vetar resoluções do Conselho de Segurança.

CN/efe/ap/afp

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