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EUA sugerem que caças russos atingiram comboio na Síria

21 de setembro de 2016

Dois jatos russos sobrevoaram área onde caminhões foram atacados, afirma governo americano. Rússia nega envolvimento e diz que veículos foram destruídos por incêndio no terreno.

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Caminhão de ajuda humanitária que foi destruído perto da cidade de Uram al-Kubra, na região de AleppoFoto: picture alliance/newscom/O. H. Kadour

Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira (20/09) que dois caças-bombardeiros SU-24, da força aérea russa, sobrevoavam a área onde um comboio de ajuda humanitária das Nações Unidas e do Crescente Vermelho foi atacado, na região de Aleppo, na Síria.

"A melhor avaliação que temos é que os russos executaram o ataque", afirmou um funcionário do governo americano, sob anonimato, à agência de notícias AFP. Cerca de 20 pessoas morreram no ataque, que atingiu 18 de 31 caminhões de um comboio humanitário nas proximidades da cidade de Urum al-Kubra. Entre as vítimas está o chefe do Crescente Vermelho para a região de Aleppo.

Antes, o Ministério da Defesa da Rússia havia negado enfaticamente que aeronaves russas ou sírias tenham atacado o comboio e afirmou que os caminhões foram destruídos por um incêndio, que "misteriosamente começou de forma simultânea com a ofensiva das milícias sobre Aleppo".

O porta-voz do Ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov, insinuou que os rebeldes seriam responsáveis pela destruição da ajuda humanitária. "Toda informação sobre a localização do comboio estava disponível apenas aos militantes que controlam essas áreas", disse.

"Não há sinais de cratera e os automóveis também não apresentam danos no chassi como resultado de um choque explosivo", afirmou Konashenkov, reiterando que o comboio não sofreu nenhum ataque aéreo.

Porém, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, afirmou que se trata de um ataque aéreo. "Toda a informação que temos indica claramente que isso foi um ataque aéreo, o que significa que há somente duas entidades que podem ser responsáveis: o regime sírio ou o governo russo", ressaltou.

"De uma forma ou de outra, consideramos a Rússia responsável por ataques aéreos nessa área", disse Rhodes, argumentando que, de acordo com o plano de cessar-fogo, é tarefa da Rússia impedir que o regime sírio execute ataque aéreos contra comboios humanitários.

AS/rtr/afp/lusa/ap/dpa