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EUA ordenam vacinação imediata e obrigatória de militares

25 de agosto de 2021

"Para defender esta nação, precisamos de uma força saudável e de prontidão", diz secretário de Defesa. Mais de 800 mil militares não tomaram a vacina contra covid-19.

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Militares andam em filas em frente ao Capitólio
Porta-voz do Pentágono disse que serão administradas vacinas que tiverem sido completamente aprovadas pela FDAFoto: Jacquelyn Martin/AP Photo/picture alliance

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, ordenou nesta quarta-feira (25/08) a vacinação obrigatória e imediata contra a covid-19 para todos os militares do país.

O anúncio ocorre em meio a um aumento de infecções causadas pelo coronavírus nos EUA, impulsionado pela variante delta. O país ainda tenta dar novo impulso à sua campanha de vacinação, que ficou estagnada por vários meses.

Segundo a imprensa americana, mais de 800 mil militares do país ainda não tomaram a vacina, de um total de 2,1 milhões (incluindo membros da Guarda Nacional e da reserva).

"Para defender esta nação, precisamos de uma força saudável e de prontidão", disse o secretário Austin.

Em comunicado enviado aos responsáveis de todos os departamentos militares dos EUA, Austin pediu a imunização de todos os efetivos que ainda não se vacinaram – tanto aqueles que estão na ativa como os da reserva.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, explicou em entrevista coletiva que serão administradas as vacinas que tiverem sido completamente aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA) – equivalente americana da Anvisa.

Até agora, o único imunizante a ter recebido a aprovação completa da FDA é o da Pfizer/BioNTech. As outras duas vacinas que estão sendo administradas no país – Moderna e Janssen – só têm autorização para uso emergencial.

Questionado sobre a possibilidade de haver militares receosos com a vacinação, Kirby enfatizou que esta é "uma ordem legal". "E antecipamos que nossas tropas vão seguir as ordens legais. Quando você ergue a mão direita e faz o juramento, é o que concorda em fazer", declarou.

No entanto, o porta-voz acrescentou que os comandantes têm "muitos instrumentos disponíveis" para aumentar as taxas de vacinação e para conseguir fazer com que os soldados tomem "a decisão certa sem terem de recorrer a ações disciplinares".

Os EUA são oficialmente o país mais afetado pelo coronavírus no mundo, em números absolutos. Desde o início da pandemia, o país registrou mais de 38 milhões de casos de covid-19 e 631 mil mortes associadas à doença. No país, 61% da população de todas as faixas etárias recebeu pelo menos uma dose da vacina. O percentual de totalmente imunizados chega a 52%.

jps/ek (Efe, ots)