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EUA oferecem a Brasil e Colômbia ajuda com venezuelanos

10 de fevereiro de 2018

Subsecretário Palmieri afirma que EUA proporcionam assistência a migrantes e refugiados, mas é melhor "mantê-los perto da fronteira", para que possam retornar. E lamenta Nicolás Maduro ter rejeitado ajuda humanitária.

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Migrantes se acumularam durante horas na fronteira Venezuela-Colômbia
Migrantes se acumularam durante horas na fronteira Venezuela-ColômbiaFoto: picture alliance/colprensa/J. P. Cohen

Os Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira (09/02) que estão dispostos a oferecer ajuda técnica e humanitária à Colômbia e ao Brasil para prestar atendimento aos imigrantes venezuelanos que se acorrem em grande número a esses países, devido à crise política e social na Venezuela.

O subsecretário de Estado para o Hemisfério Oeste, Francisco Palmieri, abordou o assunto durante uma entrevista coletiva sobre a primeira viagem do chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, pela região.

Palmieri afirmou que os EUA proporcionam assistência "técnica e humanitária" aos "migrantes e refugiados" venezuelanos. O funcionário acredita ser melhor "mantê-los perto da fronteira com a Venezuela, pois eles querem voltar para casa quando a democracia for restaurada em seu país".

Além disso, Palmieri ressaltou que, apesar de a Colômbia e o Brasil estarem recebendo o maior número de venezuelanos, o problema é uma "questão regional", pois os migrantes também estão chegando "a Curaçao, Aruba, Lima, Buenos Aires e Santiago do Chile".

O subsecretário lamentou o fato de o presidente venezuelano Nicolás Maduro não permitir a entrada da ajuda humanitária oferecida tanto pelos Estados Unidos como por outras nações da região.

"Se Maduro permitisse que a assistência de alimentos e serviços médicos chegasse ao povo da Venezuela, poderíamos ter um impacto direto", afirmou o subsecretário, embora ressalvando que "os Estados Unidos sempre farão sua parte".

Tensão nas fronteiras

Milhares de venezuelanos que nesta sexta-feira tentaram entrar na Colômbia pela passagem de Cúcuta viveram momentos de tensão na ponte internacional Simón Bolívar, onde começaram a funcionar os novos controles de acesso, anunciados na véspera pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos. Para tentar conter o fluxo migratório, tornou-se obrigatório carimbar o passaporte na entrada do país e suspendeu-se a emissão de Cartões de Mobilidade Fronteiriça.

Leia mais:

Controle reforçado gera tensão na fronteira entre Colômbia e Venezuela

Com a crise, chegaram à Colômbia cerca de 550 mil venezuelanos, aos quais se somam outros 37 mil a cada dia, muitos em busca de alimentos e medicamentos. Essa situação levou tanto a ONU como os EUA a oferecerem ajuda à Colômbia.

No Brasil, o governo estadual de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, declarou em dezembro estado de "emergência social" para atender à crise provocada pelo elevado número de imigrantes venezuelanos que chegaram nos últimos meses.

De acordo com números oficiais, entre janeiro e setembro de 2017, 12.193 venezuelanos solicitaram asilo no Brasil, após ingressarem pela fronteira de Roraima. Esse número de requerimentos é mais de cinco vezes maior do que o acumulado nos últimos dois anos.

AV/efe,lusa

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