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EUA impõem sanções contra filho de Nicolás Maduro

28 de junho de 2019

Ao anunciarem medidas, americanos afirmaram que "Nicolasito", de 29 anos, é membro de um "regime ilegítimo" e "vive de maneira luxuosa graças à corrupção" do governo do seu pai. 

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Venezuela Nicolas Maduro Guerra
Nicolás Maduro Guerra é filho do primeiro casamento do seu pai e desde 2017 é deputado da Assembleia Constituinte Foto: Getty Images/AFP/J. Barreto

O governo dos Estados Unidos impôs nesta sexta-feira (28/06) sanções ao filho do presidente da Venezuela, Nicolás "Nicolasito" Ernesto Maduro Guerra. Os americanos acusaram "Nicolasito" de se aproveitar da corrupção generalizada do governo dirigido por seu pai e de servir a um "regime ilegítimo" e "reprimir o povo venezuelano".

Ele também foi acusado de pressionar os militares a manterem a ajuda humanitária fora do país, por caracterizá-la como uma "tentativa de minar a democracia venezuelana", além de ter feito esforços para aumentar a censura nos meios de comunicação locais.

"Maduro se sustenta no seu filho Nicolasito e em outros vinculados ao seu regime autoritário para manter o controle da economia e reprimir o povo da Venezuela", declarou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em comunicado.

Nicolasito, de 29 anos, é membro da Assembleia Nacional Constituinte - o Legislativo paralelo instalado pelos chavistas para enfraquecer a Assembleia Nacional, controlada pela oposição e que é considerada "ilegítima" pelos Estados Unidos. Ele também foi designado pelo seu pai como diretor do Corpo de Inspetores da Presidência e diretor da Escola Nacional de Cinema - embora ele não tivesse nenhuma experiência na área. 

Mnuchin acrescentou que "o regime de Maduro está baseado em eleições fraudulentas", e que o círculo mais próximo ao governante venezuelano "vive de maneira luxuosa graças aos benefícios da corrupção". "O Tesouro continuará perseguindo familiares cúmplices", ressaltou.

Com esta decisão, ficam congelados todos os ativos que o filho de Maduro possa ter sob jurisdição americana e todas as entidades e empresas americanas estão proibidas de efetuar transações com ele.

A crise venezuelana é um dos assuntos que o presidente americano, Donald Trump, botou na agenda para as reuniões com outros líderes mundiais na Cúpula do G20 realizada hoje e amanhã em Osaka, no Japão.

Desde sua chegada à Casa Branca, em janeiro de 2017, o governo de Trump elevou a pressão sobre Caracas e aplicou sanções econômicas a mais de uma centena de funcionários venezuelanos e altos cargos próximos ao presidente Maduro, entre eles sua esposa, a primeira-dama Cilia Flores. Além disso, mirou na principal fonte de receita da Venezuela, o petróleo, com sanções contundentes contra a companhia petrolífera estatal PDVSA e ameaçando com a revogação de vistos a funcionários venezuelanos

A crise política na Venezuela se intensificou desde janeiro deste ano, quando Maduro assumiu um novo mandato de seis anos que não é reconhecido pela oposição nem por parte da comunidade internacional e, em resposta, o líder opositor Juan Guaidó, presidente do parlamento, foi proclamado pela Assembleia Nacional como governante interino do país. Os EUA foram o primeiro país a reconhecer Guaidó como chefe de Estado interino, e foram seguidos depois por meia centena de nações, entre elas o Brasil.

JPS/efe/afp/ots

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