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EUA estão diante de momento crucial na pandemia, diz Fauci

24 de junho de 2020

Diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas alerta para "aumento alarmante de infecções" em parte do país. Cerca de metade dos estados americanos apresentam crescimento de ritmo de contágios.

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Imunologista Anthony Fauci durante audiência da Câmara dos Representantes
Imunologista Anthony Fauci: "Vamos fazer mais testes, e não menos"Foto: picture-alliance/AP Photo/K. Dietsch

O diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, se disse nesta terça-feira (23/06) preocupado com o agravamento da pandemia nos EUA. Ele também negou ter recebido ordem do presidente do país, Donald Trump, para reduzir o número de testes de detecção do novo coronavírus e garantiu que a quantidade de testes será aumentada.

O imunologista americano alertou para o "aumento alarmante de infecções" nos estados de Flórida, Texas e Arizona, acrescentando que "as próximas duas semanas serão cruciais" no combate à covid-19 naqueles lugares. Ele também elogiou o sucesso na luta contra a doença em outras regiões, citando o exemplo de Nova York. No estado, o número de casos foi reduzido.

Os Estados Unidos já registraram mais perdas de vidas devido à covid-19 do que qualquer outra nação, com quase 800 óbitos a mais na terça-feira, com o total de mortes ultrapassando 121 mil.

Cerca de metade dos estados dos EUA registra atualmente um aumento dos números de casos da doença. Nesta terça-feira, o país contabilizou a maior quantidade diária de novas contaminações dos últimos dois meses. De acordo com cifras da Universidade Johns Hopkins, o país teve 34.700 novas infecções. Essa é a terceira maior taxa de contaminações diárias desde o início do surto, atrás de 9 de abril, quando foram notificados 34.800 casos, e 24 de abril, quando foram contabilizados 36.400 casos.

Trump tem uma explicação para esse aumento. "Se testarmos mais, encontraremos mais casos", afirmou. "Testar é uma faca de dois gumes", disse, argumentando que os Estados Unidos fizeram "mais de 25 milhões de testes, mais do que qualquer outro país".

Durante um comício na cidade de Tulsa no sábado, Trump propôs uma redução de testes. "Se você testar nessa medida, encontrará mais pessoas, encontrará mais casos, então eu disse ao meu pessoal: 'Por favor, diminua os testes.'"

A Casa Branca informou que o presidente estaria fazendo uma piada ao afirmar que menos testes devem ser realizados. Nesta terça-feira, o próprio Trump desmentiu essa versão, dizendo, ao responder uma pergunta sobre o que disse no comício, "eu não brinco".

Ao ser questionado sobre os recentes comentários do chefe de governo, Fauci desmentiu ser instruído para reduzir testes. "Pelo contrário, vamos fazer mais testes, e não menos", garantiu.

O especialista frisou que ele ou qualquer uma das outras três principais autoridades de saúde do país no combate ao novo coronavírus não receberam qualquer orientação para diminuir a capacidade de diagnóstico. "Nenhum de nós recebeu pedido para reduzir os testes. Isso é simplesmente um fato: vamos fazer mais testes", reiterou.

MD/afp/ard/efe

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