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EUA e Rússia trocam acusações após quase colisão de navios

7 de junho de 2019

Países culpam um ao outro por incidente envolvendo um cruzador de mísseis guiados americano e um destróier russo no mar da China Oriental. Embarcações ficaram a apenas 50 metros de distância.

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Quase colisão de navios americano e russo no mar da China Oriental
Navios americano e russo ficaram muito próximosFoto: picture-alliance/dpa/US Navy/C. J. Krucke

A Rússia e os Estados Unidos trocaram acusações nesta sexta-feira (07/06) após uma quase colisão entre um cruzador de mísseis guiados americano e um destróier russo no mar da China Oriental. Os navios chegaram a ficar a apenas 50 metros de distância.

Segundo a 7ª frota dos EUA, a embarcação russa colocou em risco a segurança do navio americano Chancellorsville e da tripulação, forçando-o a reverter todos os motores para evitar uma colisão. Ninguém ficou ferido, e os navios não chegaram a bater.

Um helicóptero que operava sobre o mar se preparava para aterrissar no Chancellorsville, que viajava em curso estável, quando o destróier russo, que navegava atrás da embarcação americana, aumentou a velocidade e ficou a uma curta distância.

"Consideramos que as ações da Rússia durante essa interação foram inseguras e pouco profissionais. Não seguiram as Regras Internacionais para a Prevenção de Colisões no Mar, Regras do Percurso e os costumes marítimos reconhecidos internacionalmente", afirmou o porta-voz da 7ª frota, Clay Doss.

O secretário americano de Defesa em exercício, Patrick Shanahan, disse que os EUA farão uma queixa diplomática formal sobre o incidente e terão conversas militares com Moscou. Shanahan destacou que o ocorrido não impedirá os Estados Unidos de realizarem operações navais.

Além do incidente naval, os EUA vêm se queixando repetidamente nos últimos anos de aviões russos que estariam voando perigosamente próximo a aeronaves americanas.

Após a acusação de Washington, a Rússia afirmou que foi o cruzador americano que fez uma manobra perigosa ao atravessar o percurso do destróier Almirante Vinogradov.

Em nota, a marinha russa disse que o Chancellorsville mudou de direção repentinamente e cruzou o caminho do Vinogradov a apenas 50 metros de distância, forçando a tripulação russa a fazer uma manobra rápida de emergência para evitar a colisão. Os militares enviaram então uma mensagem de protesto via rádio.

Esse foi o primeiro incidente envolvendo navios de guerra na região desde setembro do ano passado, quando uma embarcação chinesa fez uma manobra muita próxima a um destróier americano. Na época, os EUA também classificaram a ação de insegura e pouco profissional. Pequim disse que seu navio tinha como missão afastar o barco americano de ilhas que a China reivindica como suas.

As relações entre os Estados Unidos e a Rússia enfrentam seu momento mais delicado desde a Guerra Fria devido às crises na Ucrânia e Venezuela, à guerra da Síria e ao alegado envolvimento de Moscou nas eleições presidenciais americanas de 2016. Os dois países têm trocado acusações frequentemente sobre manobras perigosas de aviões e navios de guerra.

CN/ap/rtr/lusa

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