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EUA assumem destruição de parte mais perigosa do arsenal químico sírio

30 de novembro de 2013

Anúncio da Opaq traz alívio: cronograma da organização estava congelado desde recusa da Albânia. Eliminação de 500 toneladas de substâncias ocorrerá em alto-mar. Transporte para fora da Síria ainda não está esclarecido.

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Foto: Reuters

Os Estados Unidos se dispuseram a eliminar as armas químicas mais perigosas do arsenal sírio, divulgou neste sábado (30/11) a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq). O país também se propõe a arcar com os custos do procedimento, que deverá ocorrer num navio, em alto-mar. As substâncias serão neutralizadas através do processo de hidrólise, em que o contato com água causa o rompimento de suas ligações químicas.

Segundo Ahmet Üzümcü, diretor-geral da organização internacional, trata-se de cerca de 500 toneladas de substâncias de combate altamente perigosas, entre as quais o gás nervotóxico sarin. "Atualmente, uma embarcação da Marinha está sendo tecnicamente modificada para apoiar a operação e permitir a fiscalização por parte da Opaq", revelou em Haia.

Cronograma em andamento

O anúncio foi recebido com alívio, por oferecer uma saída do impasse em torno da eliminação dos arsenais químicos do regime de Bashar al-Assad. O cronograma da Opaq estava paralisado desde que a Albânia rechaçara a destruição das substâncias em seu território.

O arsenal sírio registrado perfaz um total cerca de 2.100 toneladas de produtos químicos. Até 31 de dezembro de 2013, cerca de 1.300 toneladas deverão ser transportadas para fora da Síria, para serem destruídas até meados do próximo ano.

OPCW Direktor Ahmet Üzümcü 09.10.2013
Diretor geral da Opaq, Ahmet ÜzümcüFoto: Reuters

As 800 toneladas restantes podem ser eliminadas por empresas comerciais. Até o momento, 35 firmas se candidataram para a tarefa.

Üzümcü apelou aos 190 Estados-membros da Opaq para que também participem financeiramente da operação. No entanto, ainda não está esclarecido como se transportarão para fora do país as perigosas substâncias de combate.

Segundo a Organização para a Proibição de Armas Químicas, as centrais sírias para produção de armas e preenchimento de munição já foram destruídas. Laureada com o Prêmio Nobel da Paz deste ano, ela recebeu do Conselho de Segurança da ONU o mandato para fiscalização e eliminação do arsenal de Assad.

AV/afp/rtr