1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

EUA alertam para possível uso de armas químicas pela Rússia

10 de março de 2022

Bombardeio a hospital infantil gera revolta na Ucrânia. Analistas afirmam que guerra pode provocar crise alimentar mundial.

https://p.dw.com/p/48CQ4
Edifício destruído e pátio com carros incendiados. Bombardeio atinge hospital infantil na cidade sitiada de Mariupol
Bombardeio atinge hospital infantil na cidade sitiada de MariupolFoto: Evgeniy Maloletka/ASSOCIATED PRESS/picture alliance
  • EUA alertam para possível uso de armas químicas pela Rússia
  • Ataque a hospital infantil em Maruipol gera onda de repúdio
  • Guerra na Ucrânia pode provocar crise alimentar mundial
  •  Rússia quer nacionalizar ativos de empresas que deixarem o país
  • Chernobyl fica sem energia elétrica
  • Corredor humanitário deve continuar em Sumy
  • EUA rejeita proposta de receber e repassar aviões da Polônia para a Ucrânia
  • Ocidente aumenta isolamento da Rússia: veja o resumo do 13º dia de guerra

Transmissão encerrada

20:40 – EUA alertam para possível uso de armas químicas pela Rússia

Os Estados Unidos alertaram para a possibilidade de a Rússia utilizar armas químicas ou biológicas em sua invasão à Ucrânia. A Casa Branca também negou acusações de que Kiev estaria produzindo tais armamentos ilegais em seu território.

A porta-voz do Ministério russo do Exterior, Maria Zakharova, afirmou, sem apresentar provas, que a Ucrânia teria laboratórios para a produção de armas químicas, com o apoio dos EUA.

A Casa Branca rejeitou as acusações, que qualificou como "absurdas", e afirmou que Moscou estaria tentando encobrir suas próprias intenções de utilizar armas de destruição em massa em solo ucraniano.

"Isso é, obviamente, um complô russo para justificar seu ataque injustificado, premeditado e não provocado à Ucrânia", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

"Agora que a Rússia faz essas alegações falsas, com a China aparentemente apoiando essa propaganda, devemos todos ficar em alerta para o possível uso de armas químicas ou biológicas por parte da Rússia, ou para operações de 'bandeira falsa' para justificá-lo." (Reuters, AP)

18:55 – Revolta após bombardeio russo atingir hospital infantil e maternidade em Mariupol

O prefeito de Mariupol afirmou que 1.027 civis morreram durante o cerco à cidade por parte das forças russas, que já dura nove dias. As informações foram confirmadas pelas autoridades locais.

Horas antes, um bombardeio aéreo russo causou graves danos a um hospital infantil e maternidade, ferindo ao menos 17 pessoas.

A fachada do edifício foi destruída por uma série de explosões que arrebentaram as janelas, colocando em risco crianças e mulheres grávidas.

O ataque foi condenado pelo presidente Zelensky como uma "atrocidade" e um "crime de guerra", em meio a relatos sobre crianças retiradas dos escombros.

"Há poucas coisas mais depravadas do que atingir os vulneráveis e indefesos", afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. Ele disse que o presidente russo, Vladimir Putin, "será punido por seus crimes terríveis".

A Casa Branca condenou o ataque como um ato de barbárie. "É terrível ver esse tipo de uso barbárico de força militar para perseguir civis inocentes em um país soberano", afirmou a porta-voz do presidente Joe Biden, Jen Psaki.

O prefeito da cidade, Vadym Boichenko, se disse "com o coração cheio de raiva", em mensagem de vídeo. "Hoje, a Rússia, liderada pelo presidente Putin, realizou um ataque aéreo a uma cidade pacífica, atingindo um hospital infantil."     

"Eles querem tirar o que mais valorizamos em Mariupol: as vidas de nossas crianças, nossas mulheres, nossos médicos", afirmou. Ele reforçou o pedido para que os parceiros internacionais imponham uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. "Vamos persistir até o fim", declarou Boichenko.

 As autoridades da cidade portuária afirmam que os nove dias de bombardeios deixaram a população de mais de 400 mil pessoas "sem luz, água, aquecimento e comunicações".

Vários esforços de evacuação fracassaram em Mariupol, enquanto a cidade vive uma grave crise humanitária. Uma rota planejada para a retirada de civis que os levaria até a cidade de Zaporíjia, ainda está minada. (AFP, AP)

18:25 – Mais de 48 mil civis retirados através dos corredores humanitários

Mais de 48 mil ucranianos puderam deixar zonas de conflito e cidades sitiadas através de corredores humanitários, informou o gabinete do presidente Volodimir Zelensky. 

Segundo Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do gabinete da presidência, 43 mil pessoas puderam sair da cidade de Sumy, 3,5 mil de Kiev e outras mil de Energodar. (AFP, AP)

16:15 - Rússia admite uso de armas termobáricas na Ucrânia, afirma Reino Unido

O Ministério da Defesa do Reino Unido informou que a Rússia confirmou ter utilizado na Ucrânia sistemas de armas termobáricas, mais precisamente, o lançador de foguetes TOS-1A. Esse tipo de armamento, de efeito devastador, é amplamente condenado por organizações de direitos humanos. 

"O Ministério da Defesa da Rússia confirmou o uso dos sistemas de armas TOS-1A na Ucrânia. O TOS-1A utiliza foguetes termobáricos e cria efeitos incendiários e explosivos", afirmou Ministério britânico através do Twitter. (Reuters)

15:22 – ONU registra 516 civis mortos

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos documentou a morte de 516 civis, entre eles 37 crianças, desde o início da invasão russa na Ucrânia. Os números se referem ao período de 24 de fevereiro até a meia-noite desta quarta-feira. Além disso, 908 pessoas ficaram feridas, incluindo 50 menores de idade. 

A alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, já enfatizou que os números reais devem ser muito maiores. Os funcionários da ONU muitas vezes precisavam de vários dias para verificar o número de vítimas de forma independente. (ots)

14:00 – Guerra na Ucrânia pode provocar crise alimentar mundial

Com dois grandes produtores em conflito, preço de alimentos explode nos mercados internacionais. Efeitos podem ser dramáticos, mesmo em outros continentes. Tudo depende de quanto durar a guerra iniciada pela Rússia.

O preço do trigo bate recordes diariamente: na Chicago Board of Trade, o principal mercado internacional de produtos agrários, ele está 50% mais alto do que antes da ofensiva militar da Rússia contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro. Essa inflação se explica por ambas as partes do conflito contarem entre os maiores exportadores do cereal no mundo.

A maior parte da produção global de trigo é consumida no local de cultivo, o excedente vai parar nos mercados internacionais. Destes, a Ucrânia e a Rússia detêm "uma parcela gigantesca, de cerca de um terço", explica o agroeconomista Matin Qaim, diretor do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento (ZEF, na sigla em alemão), em Bonn. (DW)

Leia mais.

13:44 – Rússia quer nacionalizar ativos de empresas que deixarem o país

Uma comissão do governo russo deu o primeiro passo para nacionalizar a propriedade de empresas estrangeiras que deixarem o país.

O partido no poder, o Rússia Unida, disse em comunicado que a comissão legislativa aprovou um projeto de lei que permite que empresas com mais de 25% de propriedade de estrangeiros de "Estados hostis" sejam colocadas em administração externa. 

O partido alega que isso seria feito para evitar a falência e salvar empregos. (DW)

13:40 – Heineken, Ferrari e outras empresas interrompem negócios na Rússia

A cervejaria holandesa Heineken, a rede de televisão Discovery, a gigante de alimentos Nestlé, a montadora de carros de luxo Ferrari e o Universal Music Group anunciaram que interromperão negócios na Rússia. 

A Heineken disse que está com o povo ucraniano e chamou a guerra de "ataque injustificável". A empresa já havia interrompido anteriormente todos os novos investimentos e exportações para a Rússia.

A Nestlé também suspendeu todos os investimentos no país. No entanto, continuará entregando importantes mantimentos na Rússia, informou a agência de notícias Reuters.

O Discovery Channel decidiu suspender a transmissão de seus canais e serviços na Rússia. A Universal Music anunciou na terça-feira que todas as atividades na Rússia seriam suspensas e seus escritórios fechados. A fabricante de tabaco Imperial Brands também anunciou a cessação de todas as suas atividades na Rússia.

A Ferrari decidiu suspender temporariamente a produção de veículos para o mercado russo. O chefe da empresa, Benedetto Vigna, disse que a montadora "está ao lado de todas as pessoas na Ucrânia afetadas por esta crise humanitária em andamento". A Ferrari não pode ficar indiferente ao sofrimento. A empresa também doou um milhão de euros para apoiar a população ucraniana. (ots)

13:32 – OMS diz que 10 pessoas morreram em ataques contra ambulâncias e instalações de saúde

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira que 18 ataques contra ambulâncias e instalações e profissionais de saúde na Ucrânia já mataram 10 pessoas e deixaram 16 feridas.

Os números foram divulgados pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa videoconferência de imprensa, a partir da sede da organização, em Genebra, Suíça. "Estes ataques privam comunidades inteiras de cuidados de saúde", alertou Ghebreyesus.

A OMS já entregou 81 toneladas de material médico à Ucrânia e está apoiando os países vizinhos na prestação de cuidados de saúde aos refugiados, a maioria mulheres e crianças. (Lusa)

13:00 – Soldados ucranianos baleados durante cessar-fogo

Mais um incidente envolvendo violação do cessar-fogo foi relatado nesta quarta-feira em corredor humanitário. As forças de segurança da Ucrânia informaram que tropas russas atiraram contra policiais ucranianos na localidade de Demydiv, cerca de 25 quilômetros ao norte da capital Kiev. 

Um policial morreu e outro ficou gravemente ferido. Um civil também foi levado ao hospital com ferimentos graves. Um total de 100 civis foram retirados em segurança, incluindo 30 crianças. A informação não pôde ser verificada de forma independente. (ots)

12:25 – Condições catastróficas em Mariupol e outras cidades

A situação dos moradores de algumas áreas da Ucrânia sitiadas por tropas russas está se deteriorando drasticamente. O prefeito de Chernihiv, uma grande cidade às margens do rio Desna e uma importante base do exército ucraniano, disse que dois terços das residências estão sem luz e água.

Na cidade portuária de Mariupol, a Cruz Vermelha informou que muitas pessoas ficaram sem água encanada, aquecimento, esgoto e conexões telefônicas por vários dias. Alguns moradores desesperados invadiram lojas em busca de comida, outros derreteram neve para ter água. 

"Não há nada, não há utensílios domésticos. A água é coletada dos telhados após a chuva", disse o chefe da Cruz Vermelha de Mariupol, Alexei Bernzew.

Por causa das quedas de energia, muitos só conseguem receber notícias através dos rádios dos carros. Segundo Bernzev, transmitir notícias tornou-se uma das tarefas mais importantes da Cruz Vermelha. "Às vezes, a informação é mais importante para as pessoas do que a comida".  Muitos ainda esperam por notícias de opções para sair da cidade de 430.000 habitantes, que está está sitiada. 

Uma tentativa de retirar civis e levar remédios, comida e água para Mariupol falhou na terça-feira. É incerto se o corredor humanitário planejado para esta quarta-feira terá sucesso.

De acordo com o governo de Mariupol, um hospital infantil foi destruído por ataques aéreos russos. "As forças russas lançaram várias bombas no hospital infantil. A destruição é imensa", informou o governo. 

O número de vítimas ainda é desconhecido. A Rússia negou alvejar civis. A informação não pode ser confirmada de forma independente. (DW)

12:16 – Ucrânia concorda com abertura de seis corredores humanitários

A Ucrânia concordou com a Rússia nesta quarta-feira em estabelecer seis corredores humanitários para retirada de civis de cidades sitiadas pelas tropas russas. O plano é que pessoas de Enerhodar e Mariupol sejam levadas para Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia, disse a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk. 

Corredores de fuga também estão planejados para a cidade de Izyum, no leste, e para várias pequenas cidades ao norte de Kiev. Além disso, os moradores de Wolnowacha devem ser levados em segurança para Pokrowsk, e os residentes de Sumy, para Poltava.

O corredor humanitário Sumy-Poltava foi um dos únicos que teve sucesso nos últimos dias. Mais de 6 mil pessoas deixaram Sumy em segurança. No entanto, a maioria das tentativas recentes de retirar civis foi frustrada, com Rússia e Ucrânia culpando-se mutuamente pelo fracasso.  Além disso, propostas russas de levar civis para Rússia e Belarus foram rechaçadas pela Ucrânia e amplamente criticadas pelo Ocidente.

Segundo a vice-primeira-ministra, os militares russos concordaram em um cessar-fogo até as 20h (horário local). (DW)

Foto mostra uma idosa muito encasacada sendo empurrada em uma cadeira de rodas por um homem. Há muita neve.
Idosa é retirada de Irpin em uma cadeira de rodas, sob neve. Foto: Vadim Ghirda/AP/picture alliance

11:30 – ONU confirma retirada de tropas ucranianas de missões de paz

Um funcionário da ONU confirmou a retirada de equipamentos e tropas ucranianas de missões de paz. A medida foi anunciada na terça-feira pelo presidente Volodimir Zelenski. Os militares deverão retornar à Ucrânia para combater a ofensiva russa.

O maior contingente militar da Ucrânia em missões de paz está no Congo, onde estão estacionados 250 militares da Força Aérea do país e nove helicópteros.

A Ucrânia participa de missões de manutenção da paz da ONU desde 1992. Atualmente, possui tropas no Congo, Sudão do Sul, Chipre, Kosovo, Abyei (entre o Sudão e o Sudão do Sul) e Mali. O contingente total de ucranianos em missões de paz seria de aproximadamente 300 militares. (DW)

11:20 – Chernobyl fica sem energia elétrica

A estatal de energia nuclear ucraniana afirmou que militares russos cortaram uma linha que fornecia eletricidade para a usina nuclear de Chernobyl, que precisa de energia para manter resfriado o combustível radioativo ainda presente no local.

Segundo a estatal, é impossível consertar a linha de energia devido a combates que ocorrem na região. A Ucrânia pediu a Rússia que permita o acesso ao local para evitar um vazamento de radiação, caso a usina continue sem eletricidade e não consiga resfriar o combustível nuclear. Chernobyl foi capturada por tropas russas.

Segundo o ministro do Exterior da Ucrânia, Dmytro Kuleba, os geradores de reserva da usina só possuem diesel para operar por 48 horas. "Depois disso, os sistemas de refrigeração param e o risco de vazamento é iminente", acrescentou.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que acredita que a falta de energia não deve ter um grande impacto na segurança, ao contrário do que dizem autoridades ucranianas. Na terça-feira, o órgão de vigilância nuclear da ONU alertou, porém, que os sistemas de monitoramento em Chernobyl pararam de transmitir dados.

Chernobyl foi palco do maior acidente nuclear da história em 1986. (Reuters, DW)

10:30 – Rússia nega querer derrubar governo da Ucrânia

A Rússia negou nesta quarta-feira que pretende derrubar o presidente Volodimir Zelenski. Segundo a porta-voz do Ministério do Exterior, Maria Zakharova, os militares não receberam ordens de destituir o atual governo ucraniano. A negação ocorre depois de Moscou já ter declarado várias vezes que pretende desmilitarizar o país vizinho, chamando os líderes ucranianos de "neonazistas".

Zakharova afirmou ainda que progressos foram feitos nas negociações de paz, ao contrário do que disse Zelenski. Os ministros do Exterior dos dois países devem se reunir nesta quinta-feira na Turquia para conversar sobre um cessar-fogo. (DW)

08:10 – Cerca de 14,5 mil combatentes voluntários já chegaram na Ucrânia

Cerca de 14,5 mil voluntários chegaram na Ucrânia nos últimos dias para se juntar aos militares na luta contra a ofensiva russa, segundo informações das Forças Armadas ucranianas divulgadas em um comunicado. Cidadãos do país que moram no exterior são a grande maioria destes voluntários – 12 mil.

Kiev espera ainda a chegada de centenas de combatentes estrangeiros para a formação de uma legião internacional. (ots)

07:55 – Zelenski agradece aos EUA por embargo a petróleo russo

Em uma mensagem de vídeo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, agradeceu os Estados Unidos pelo embargo à importação de petróleo, gás e carvão da Rússia.

"Sou pessoalmente grato ao presidente Biden por essa decisão", ressaltou Zelenski, acrescentando que todo centavo pago a Rússia viram armas que atacam outros Estados soberanos. Ele agradeceu ainda ao Reino Unido, que também anunciou um embargo ao petróleo russo a partir do fim deste ano.

"O mundo não acredita no futuro da Rússia. A guerra precisa terminar. Precisamos nos sentar na mesa de negociações", destacou.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na terça-feira que seu país não importará mais petróleo e gás russo. A Casa Branca disse que as medidas servem para "continuar a responsabilizar a Rússia por sua guerra não provocada e injustificada contra a Ucrânia". (DW)

07:38 – União Europeia vai endurecer sanções contra a Rússia e Belarus

Os 27 países da União Europeia (UE) concordaram em endurecer as sanções contra a Rússia e Belarus devido à guerra na Ucrânia. O bloco deu luz verde para cortar três bancos belarussos do sistema global de pagamentos SWIFT.

Entre as medidas, a UE incluirá mais líderes russos, oligarcas e seus familiares na lista de sancionados. Punições contra o setor marítimo também foram aprovadas, como a anunciou a França, que detém a presidência rotativa da União Europeia. (DW)

O que é Swift?

07:00 – Japão envia equipamentos de segurança para a Ucrânia

O Japão enviou coletes à prova de bala, capacetes, mantimentos e roupas de inverno para a Ucrânia. Essa é a primeira vez que o país doa equipamentos de segurança a uma outra nação. O avião de transporte deixou a base aérea de Komaki, no centro do Japão, na terça-feira à noite com destino à fronteira da Polônia com a Ucrânia.

O Japão mantém uma postura pacifista, desde a Segunda Guerra Mundial, quando duas bombas atômicas foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945.

"O Japão opõe-se absolutamente à invasão russa da Ucrânia, que constitui uma grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, abalando os alicerces da ordem internacional", afirmou o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi. (Lusa)

05:50 – Europa possui reservas de gás suficientes até o fim deste inverno, diz von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quarta-feira (09/03) que o bloco europeu já adquiriu a quantidade de gás natural liquefeito necessária para se manter até o fim deste inverno sem depender da importação russa.

Em entrevista à emissora de televisão alemã ZDF, von der Leyen pediu, no entanto, que a população economize energia para que a Europa possa deixar o mais rápido possível a dependência do gás e petróleo importados da Rússia. Segundo ela, todos podem contribuir para isso.

Somado a isso, von der Leyen afirmou que, com programas de economia de energia para a indústria, expansão de energia renováveis e novas rotas de abastecimento, o bloco europeu pode muito rapidamente deixar de depender do gás russo.

Ela defendeu ainda a posição da União Europeia de continuar comprando petróleo e gás da Rússia, apesar da invasão na Ucrânia. “Temos que ter sempre em mente que os preços do petróleo não podem aumentar muito, pois isso nos enfraqueceria”, ressaltou. Von der Leyen disse que as atuais sanções foram programadas para ter o maior impacto sobre Moscou e o menor na Europa. (dpa/ots)

04:22 – Líder do mercado 3D também deixa a Rússia

Depois de multinacionais como Coca-Cola, PepsiCo, McDonald's e Starbucks suspenderem suas atividades em solo russo nesta terça-feira, a empresa francesa de tecnologia Dassault Systemes também vai parar de produzir na Rússia e em Belarus.

Em um comunicado, a Dassault Systemes, que lidera o mercado mundial na fabricação de softwares de desenho 3D, disse que a medida ocorre em solidariedade ao povo da Ucrânia: "A Dassault Systèmes decidiu suspender todos os negócios na Rússia e em Belarus, em medida que deve começar nesta semana." (Reuters)

03:07 – Corredor humanitário deve continuar em Sumy

O corredor humanitário próximo à cidade ucraniana de Sumy, que está sitiada pelo exército russo, deve seguir em funcionamento nesta quarta-feira (09/03), informou o governador da região, Dmytro Zhyvytskyy.

Nesta terça, ao menos cinco mil pessoas deixaram a cidade de ônibus, depois que Moscou e Kiev concordaram em oferecer o corredor como alternativa para a saída de civis da zona de guerra. Em torno de mil carros também deixaram Sumy, que fica próxima à fronteira com a Rússia, em direção a Poltava, mais ao centro da Ucrânia.

O corredor humanitário Sumy-Poltava foi o único que funcionou nesta terça-feira. Embora houvesse um acordo de que civis poderiam também deixar as cidades de Kiev, Kharkiv, Chernigov e Mariupol, não foi possível implementar a medida, com ambos os lados culpando-se mutuamente pela falha.

Entre a noite de segunda e a madrugada de terça-feira, a cidade de Sumy foi bombardeada pelo exército russo. Um ataque aéreo matou ao menos 21 pessoas, entre elas, civis e crianças. (Reuters)

02:43 – Ministros do Exterior de Rússia e Ucrânia devem se encontrar na Turquia

Os ministros do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, devem se reunir nesta-quinta na Turquia. Esse será o primeiro encontro com integrantes do alto escalão de ambos os governos desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro.

A reunião será mediada pelo do ministro do Exterior da Turquia, Mevlut Cavusoglu. O encontro é mais uma tentativa de uma resolução diplomática para o conflito na Ucrânia, que já dura 14 dias. (Reuters)

02:30 – EUA rejeita proposta de receber e repassar aviões da Polônia para a Ucrânia

A imagem mostra dois caças MiG-29 que pertencem à Polônia na pista de uma base aérea.
Caças seriam repassados pela Polônia para os EUA e, a partir de escala na Alemanha, encaminhados ao exército ucranianoFoto: Cuneyt Karadag/AA/picture alliance

A oferta da Polônia de entregar caças MiG-29 para os Estados Unidos foi rejeitada pelo governo americano. A intenção polonesa, neste caso, seria buscar uma rota para repassar os aviões à Ucrânia. O Pentágono, no entanto, classificou a proposta como "insustentável".

Antes de serem repassados para o exército ucraniano, os aviões fariam escala na Alemanha. Mas, segundo o porta-voz do Pentágono, a proposta tem "desafios logísticos difíceis" e causa "sérias preocupações". (ots)