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Escavações revelam sepultura de 4.400 anos no Egito

4 de fevereiro de 2018

Tumba de tijolos de argila em área arqueologicamente importante pertencia a sacerdotisa chamada Hetpet e contém numerosas pinturas murais. Autoridades egípcias esperam que achados reanimem o abalado turismo nacional.

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Em Gizé, mais um achado com potencial turístico para o Egito
Em Gizé, mais um achado com potencial turístico para o EgitoFoto: Getty Images/AFP/M. El-Shahed

Arqueólogos do Egito descobriram uma sepultura de 4.400 anos nas proximidades das famosas pirâmides do planalto de Gizé, informou neste sábado (03/02) o Ministério de Antiguidades. Com essa e outras descobertas recentes no local, as autoridades egípcias esperam reavivar o vacilante setor turístico nacional.

O local da tumba é uma área mais ampla da necrópole ocidental de Gizé, onde estão sepultados representantes do Antigo Império (aproximadamente 2686 a 2181 a.C., também conhecido como "era das pirâmides"). Lá têm sido feitos achados importantes desde o século 19.

A sepultura provavelmente pertencia a uma sacerdotisa chamada Hetpet, que os arqueólogos creem ter sido relacionada á realeza da Quinta Dinastia. Feita de tijolos de argila, ela contém pinturas murais em bom estado, em que Hetpet observa diversas cenas de caça e pesca.

Em outros painéis, macacos – animais domésticos comuns na época faraônica – colhem frutas ou dançam diante de uma orquestra. Segundo o Ministério de Antiguidades, encontram-se cenas semelhantes em tumbas da posterior 12ª dinastia.

Pinturais murais reproduzem cenas de caça e pesca, entre outros motivos
Pinturais murais reproduzem cenas de caça e pesca, entre outros motivosFoto: Getty Images/AFP/M. El-Shahed

Local de futuro grande museu

O ministro de Antiguidades Khaled al-Anani explicou que Hetpet é uma figura conhecida pelos estudiosos do Egito antigo: fragmentos de artefatos pertencentes a ela foram encontrados na mesma área em 1909 e transferidos para um museu em Berlim.

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A missão arqueológica responsável começou as escavações no local em outubro último. Seu chefe, Mostafa al-Waziri, acredita que haverá novos achados no local, já que "essa é uma área muito promissora".

Sua equipe removeu entre 250 e 300 metros cúbicos de camadas de terra até achar a sepultura. Waziri frisou que o que se vê na superfície do Egito "não passa de 40% do que o subsolo contém".

Próximo ao local da descoberta está sendo construído um novo museu para abrigar os artefatos mais exclusivos e preciosos do Egito antigo, inclusive muitos que pertenceram ao célebre menino-rei Tutancâmon. A primeira fase do grande museu já deve ser aberta ao público em 2018, mas a grande inauguração está programada para 2022.

AV/ap,afp,dpa

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