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Em feito inédito, sonda espacial Rosetta entra na órbita de um cometa

6 de agosto de 2014

Depois de uma viagem de dez anos, sonda europeia está finalmente na órbita do 67p/Churyumov-Guerassimenko. Próximo passo é o pouso de um pequeno robô no cometa. Objetivo da missão é saber mais sobre o sistema solar.

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Foto: picture-alliance/dpa

Após mais dez anos no espaço e uma viagem com direito a cinco voltas ao redor do Sol, percorrendo ao todo 6,4 bilhões de quilômetros, a sonda espacial Rosetta alcançou finalmente nesta quarta-feira (06/08) seu destino: o cometa 67p/Churyumov-Guerassimenko. A partir dele, cientistas querem investigar a origem do sistema solar.

"Rosetta é a primeira sonda espacial na história que se encontrou com um cometa, um destaque na exploração das nossas origens. As descobertas podem começar", declarou o diretor geral da Agência Espacial Europeia (ESA), Jean-Jacques Dordain.

O cometa está a aproximadamente 400 milhões de quilômetros de distância da Terra. Já a Rosetta está a cerca de 100 quilômetros da superfície de 67p/Churymov-Gerasimenko e vai acompanhá-lo numa órbita de trajetórias triangulares, se aproximando e podendo chegar a 30 quilômetros distância dele.

A partir de agora, o objetivo de Rosetta é identificar cinco possíveis locais de pouso no cometa para a pequena sonda-robô Philae, uma espécie de mini-laboratório que ela transporta. Pesquisadores esperam que esse pouso aconteça no dia 11 de novembro deste ano, sendo essa a primeira vez que um dispositivo pousa em um cometa.

Origens do universo

"Chegar ao cometa é apenas o início de uma aventura ainda maior, com grandes mudanças que estão por vir, como aprender a operar nesse ambiente inexplorado, começar a orbitar e eventualmente pousar", afirma o responsável pelas operações de voo da Rosetta, Sylvain Lodiot.

Com essa missão, a ESA pretende aprofundar os conhecimentos sobre o surgimento do sistema solar. Os cometas são, provavelmente, os restos mais antigos do gigante disco de poeira do qual esse sistema se originou. Cientistas acreditam que a composição química e física deles podem dar pistas sobre a formação dos planetas.

A Rosetta foi lançada em março de 2004 e orbitou na Terra e em Marte, usando a força gravitacional dos planetas para impulsioná-la de encontro ao cometa. Ela também entrou num período de hibernação de 31 meses, assim que a luz solar ficou fraca para que fosse fornecida energia suficiente para seu funcionamento.

Em janeiro deste ano, ela alcançou novamente a luz do Sol e foi acordada do seu período de hibernação.

CN/dpa/afp/lusa