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Eleição municipal de Hong Kong tem comparecimento recorde

24 de novembro de 2019

Pleito ocorre em meio à onda de protestos que vem sacudindo o território semiautônomo chinês e está sendo encarado como termômetro para medir o apoio aos manifestantes e a popularidade do Executivo pró-Pequim.

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Hongkong Wahllokal
Foto: Reuters/M. Djurica

As eleições para a formação do conselho distrital de Hong Kong têm registrado comparecimento recorde neste domingo (24/11). Também não foram registrados protestos desde o início do processo eleitoral.

Normalmente, as eleições para o conselho registram baixo comparecimento. Mas neste ano quase 37% dos eleitores do território semiautônomo chinês já tinham votado nas eleições às 13:30 locais (2h30 em Brasília), mais que o dobro da votação registada à mesma hora nas eleições de 2015, que havia registrado um comparecimento de 18%. 

Os dados divulgados pelo conselho eleitoral de Hong Kong indicam que, a essa hora, 1,52 milhões dos 4,13 milhões de eleitores chamados às urnas já tinham exercido o seu direito de voto nas eleições para a escolha dos 452 representantes dos 18 conselhos distritais da cidade. O escrutínio tem sido encarado como um termômetro do apoio público aos protestos antigovernamentais que se arrastam há quase seis meses.  

Os conselhos distritais são normalmente dominados por políticos pró-Pequim, mas os candidatos pró-democracia esperam que este ano os eleitores sinalizem seu descontentamento com a chefe do Executivo local e política Carrie Lam.

A agitação política e social em Hong Kong começou em junho com protestos contra uma proposta de lei que permitiria a extradição de suspeitos de crimes em Hong Kong para a China continental. Embora o projeto tenha sido posteriormente engavetado, os protestos acabaram se transformando num movimento mais amplo contra o governo pró-Pequim do território, com demandas por mais democracia direta e a instalação de um inquérito independente para apurar brutalidade policial.

As manifestações de massa paralisaram o governo local e fecharam empresas e escolas, na pior crise política do território em décadas.

Se os candidatos a favor da democracia se saírem bem no domingo, isso pode indicar que os habitantes de Hong Kong permanecem firmes em seu apoio ao movimento de protesto.

Mais de 1.000 candidatos estão disputando 452 cadeiras em 18 distritos. O pleito é o que os habitantes têm de mais próximo de uma eleição direta para a as escolhas de seus representantes.

A presença da polícia até agora tem sido discreta, apesar de relatos de que a tropa de choque  de Hong Kong está em alerta.

Este domingo também marca o sétimo dia do impassena Universidade Politécnica de Hong Kong, que se transformou em um campo de batalha entre manifestantes e a polícia. O campus permanece cercado pela polícia, enquanto vários manifestantes seguem ocupando áreas da universidade.

JPS/dpa/lusa

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