Em um gesto inédito de repreensão ao comportamento do presidente dos EUA, Donald Trump, todos os dez ex-secretários de Defesa dos Estados Unidos vivos – incluindo dois que serviram em sua gestão – publicaram uma carta aberta alertando contra qualquer tentativa de envolver os militares para tentar reverter o resultado das eleições presidenciais.
Em texto publicado no domingo (03/01) no jornal The Washington Post, os dez ex-secretários, incluindo democratas e republicanos, afirmam que a eleição já foi decidida. "O tempo para questionar os resultados já passou; o tempo para a contagem formal dos votos do Colégio Eleitoral, conforme prescrito na Constituição e estatuto, chegou'', escreveram.
Os ex-chefes do Pentágono alertaram contra o uso de militares em qualquer esforço para mudar o resultado das eleições. "Esforços para envolver as Forças Armadas dos EUA na resolução de disputas de eleições nos levariam a um território perigoso, ilegal e inconstitucional", escreveram. "Oficiais civis e militares que dirigem ou realizam tais medidas seriam responsabilizados, incluindo o potencial de enfrentarem penalidades criminais, para as graves consequências de suas ações em nossa república.''
Os dez ex-líderes do Pentágono também alertaram em seu artigo para os perigos de se impedir uma transição completa e suave no Departamento de Defesa para o presidente eleito, Joe Biden.
Obstrução
Biden tem reclamado dos esforços de funcionários do Pentágono nomeados por Trump para obstruir a transição. Sem citar um exemplo específico, os antigos secretários de Defesa escreveram que as transferências de poder "frequentemente ocorrem em momentos de incerteza internacional sobre a política e a postura de segurança nacional dos EUA (...) em momentos em que a nação está vulnerável a ações de adversários que procuram tirar proveito da situação''.
O artigo foi assinado por Dick Cheney, William Perry, Donald Rumsfeld, William Cohen, Robert Gates, Leon Panetta, Chuck Hagel, Ash Carter, James Mattis e Mark Esper.
Mattis foi o primeiro secretário de Defesa de Trump. Ele renunciou em 2018 e foi sucedido por Esper, demitido poucos dias depois da eleição presidencial de 3 de novembro.
O Washington Post relatou que a ideia de escrever o artigo começou com uma conversa entre Cheney e Eric Edelman, um aposentado embaixador e ex-oficial sênior do Pentágono, sobre como Trump poderia tentar usar os militares nos próximos dias.
MD/lusa/ap
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