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Polônia

21 de junho de 2010

No próximo 4 de julho, os poloneses terão que voltar às urnas para decidir quem será o presidente do país. Contrariando as previsões, o liberal Komorowski mantém-se à frente, mas sem maioria asoluta.

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Bronislaw Komorowski: segundo turno pela frenteFoto: AP

O representante da plataforma política pró-Europa Bronislaw Komorowski (58) não foi eleito presidente já no primeiro turno das eleições presidenciais na Polônia, conforme indicavam as pesquisas de boca de urna que atencederam o pleito. A ele sucede, na contagem de votos, o conservador Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo de Lech Kaczynski, presidente morto em abril último em acidente de avião, numa tragédia que abalou a Polônia.

Após a contagem de 94% do total, Komorowski obteve 41,2% e Kaczynski, 36,7% dos votos. Para uma vitória já no primeiro turno teria sido necessária a maioria absoluta de um dos candidatos. "O resultado, no entanto, foi mais apertado que o esperado", comentou o cientista político Kazimierz Kik. O resultado final deverá ser divulgado na noite desta segunda-feira (21/06).

Migração dos votos da esquerda

Os oito demais candidatos ficaram muito atrás dos dois primeiros. A participação no pleito polonês, para o qual foram convocados 30 milhões de eleitores sem obrigatoriedade de voto, foi de 54,85%.

Os eleitores do terceiro candidato na preferência do eleitorado, o socialista Grzegorz Napieralski, vão possivelmente decidir o segundo turno no próximo dia 4 de julho. Segundo analistas, é provável que estes migrem mais para o lado do liberal Komorowski, com quem teriam mais afinidades em questões como os direitos de mulheres e homossexuais do que com o conservador Kaczynski.

"Grande final"

Jaroslaw Kaczynski
Jaroslaw Kaczynski: eleições não são 'normais'Foto: ap

Komorowski declarou em Varsóvia que está "feliz e realizado" com a confiança do eleitorado e o apoio de milhões de poloneses. "Na vida, é como no futebol, a prorrogação é o mais difícil. Não devemos esquecer disso. Vamos mobilizar nossas forças para a grande final em 4 de julho", brincou o candidato ao comparar o pleito à Copa do Mundo.

De acordo com pesquisas de intenção de voto realizadas pelo Instituto Millward Brown SMG/KRC, Komorowski deverá obter no segundo turno 53,7% dos votos contra 39,1% de Kaczynski.

Essas eleições na Polônia não são "normais, mas sim o resultado de uma enorme catástrofe, uma terrível fatalidade, uma tragédia imensa", concluiu Kaczynski ao lembrar o acidente que matou seu irmão gêmeo.

A Polônia é o único país da União Europeia que conseguiu superar sem recessão a crise econômica e financeira. O presidente do país é eleito a cada cinco anos e suas funções são muito mais de caráter simbólico, embora ele disponha de poder para vetar leis.

SV/apn/dpa
Revisão: Rodrigo Rimon