1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Após quatro anos

28 de maio de 2011

Decisão foi saudada pelos palestinos e pela União Europeia e criticada por Israel, que teme o contrabando de armas para a Faixa de Gaza. Passagem estava fechada desde junho de 2007.

https://p.dw.com/p/11Pyf
Palestino aguarda para cruzar a fronteira no posto de RafahFoto: AP

Centenas de palestinos atravessaram neste sábado (28/05) a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, que permanecerá aberta, aliviando o bloqueio israelense ao enclave. O posto fronteiriço de Rafah, o único que não está sob o controle de Israel, estava fechado desde junho de 2007.

Residentes da Faixa de Gaza poderão atravessar a fronteira sem visto, exceto homens entre os 18 e os 40 anos. A travessia foi encabeçada por duas ambulâncias, que transportaram pacientes para tratamento no Egito, informou a agência de notícias AFP.

O tráfego comercial continuará a passar pelo controle israelense para poder entrar no enclave de 1,5 milhão de habitantes, empobrecido pelas restrições do bloqueio, iniciado em 2006 e endurecido em 2007.

As autoridades egípcias disseram que a abertura da fronteira tem por objetivo consolidar a reconciliação entre os palestinos, além de aliviar o bloqueio israelense. Os palestinos afirmaram que a decisão marca uma nova era nas relações com o Egito, depois da queda do ex-presidente Hosni Mubarak, que ajudou a preservar o bloqueio.

Posto é o único que não é controlado por Israel
Posto fronteiriço de Rafah é o único na Faixa de Gaza que não é controlado por IsraelFoto: picture alliance/dpa

O novo governo do Egito apoiou um pacto de reconciliação entre o Fatah e o Hamas, assinado em abril no Cairo e que prevê a formação de um governo interino de unidade nacional palestino composto por personalidades apartidárias, até que sejam realizadas novas eleições, previstas para o final de 2011.

A Autoridade Palestina, o governo de Gaza e a União Europeia aplaudiram a medida. Já Israel expressou receio de que a reabertura facilite o contrabando de armas para a Faixa de Gaza e permita que terroristas da Al Qaeda entrem nos territórios palestinos.

Israel teme também que este seja o indício de um futuro incerto quanto a anteriores acordos assinados com o Egito, cujo novo governo militar interino fez questão de assegurar "compromisso para com todos os tratados internacionais egípcios" quando da tomada de poder depois da deposição de Mubarak, durante os protestos do início do ano.

AS/lusa/dpa/rtr
Revisão: Marcio Damasceno