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EconomiaAfeganistão

Economia do Afeganistão à beira do colapso

5 de outubro de 2021

[Vídeo] Seis semanas após a tomada do poder pelos Talibãs, o caos econômico continua no Afeganistão. Os bancos estão limitando os saques, e a moeda nacional está em queda livre. Enquanto isso, o preço dos alimentos dispara. Milhões em Cabul lutam para colocar comida na mesa, alerta o Programa Mundial de Alimentos da ONU.

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Cabul é uma cidade no limbo, e o antigo governo não existe mais. Mas a presença do Talibã ainda não é sentida em todas as esferas da vida cotidiana. Seis semanas após o Talibã tomar o controle de Cabul, como a vida mudou na capital afegã de quatro milhões de pessoas?

"Estou apenas esperando pelo meu salário. Eu não sei sobre o futuro. Ninguém está bem. Todo mundo está deprimido aqui no Afeganistão", afirma um homem. "Acho que a situação está piorando a cada dia."

Bancos internacionais congelaram os ativos do país desde a tomada do poder pelo Talibã, provocando falta de divisas e o aprofundamento da crise econômica. Os afegãos estão lidando com as consequências do conflito, seca e crise bancária. E tudo isso sem contar com ajuda internacional.

O Conselho de Refugiados da Noruega (NRC) diz que ajudar milhões de pessoas será impossível se as mulheres não tiverem permissão para trabalhar. Para completar a crise, o Talibã paralisou os bancos ao limitar as retiradas a 200 dólares por pessoa, provocando atrasos no pagamento de salários e limitando as importações.

O preço dos alimentos básicos disparou, forçando as pessoas a vender seus pertences. "Se a situação piorar, nós podemos acabar morrendo de fome ou nos matando. Todas as noites as minhas filhas me perguntam: ‘O que você trouxe para gente?’ – e se eu roubar alguma coisa, o Talibã vai cortar a minha mão", conta outro homem.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU alertou que apenas 5% das residências no Afeganistão têm comida suficiente. Muitas pessoas em Cabul dizem que colocar a comida na mesa é a sua preocupação número um desde que o Talibã tomou o poder. Para os afegãos comuns, a poupança vem encolhendo, e os desafios crescem numa crise que só piora a cada dia.