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Duterte anuncia "separação" dos EUA

20 de outubro de 2016

Em Pequim, presidente filipino declara que se "separou" economicamente dos Estados Unidos e destaca proximidade com a China. Governo americano cobra explicações sobre a declaração e seus desdobramentos.

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Rodrigo Duterte
Foto: picture-alliance/AP Images/Wu Hong

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anunciou nesta quinta-feira (20/10) a "separação" do seu principal aliado, os Estados Unidos, e destacou a proximidade com a China, durante um fórum de negócios chinês-filipino realizado em Pequim.

"Anuncio minha separação dos Estados Unidos, militar e economicamente", disse Duterte, sem dar mais detalhes, num discurso muito crítico aos EUA realizado perante o vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Gaoli, e após a assinatura de 13 acordos de cooperação com a segunda economia mundial junto a seu colega chinês, Xi Jinping.

 O líder filipino disse ainda que os Estados Unidos não podem mais ser vistos com o país mais poderoso do mundo, pois estariam devendo à China "muitos empréstimos". Duterte qualificou a reunião com Xi Jinping como histórica: "Ela vai melhorar e desenvolver as relações entre os nossos dois países", ressaltou. 

Ele também afirmou que espera poder receber empréstimos da China, "não de graça", esclareceu, "para melhorar a vida dos cidadãos filipinos".

Segundo números do governo filipino, a China foi em 2015 o segundo parceiro comercial das Filipinas, atrás do Japão e à frente dos Estados Unidos.

A declaração levou o governo americano a solicitar explicações a Duterte. "Queremos saber exatamente o que o presidente quis dizer quando falou sobre a separação dos EUA", afirmou John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado americano. "Não está claro para nós o que isso significa e quais seus desdobramentos", acrescentou.

CN/efe/lusa/rtr/ap