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Desemprego na Alemanha é o menor desde a Reunificação

4 de janeiro de 2019

Número médio de pessoas à procura de emprego no ano passado foi o menor em quase três décadas. Quantidade de beneficiários do programa de assistência social também registra uma queda histórica no país.

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Funcionários numa linha de montagem da Volkswagen, no leste da Alemanha
Alemanha registrou uma média anual de 2,34 milhões desempregados em 2018, um decréscimo em 193 mil pessoasFoto: Imago/STAR-MEDIA

A taxa média de pessoas à procura de emprego na Alemanha em 2018 foi a menor desde a Reunificação, há quase três décadas. Também foi registrada uma queda – e uma mínima histórica – no número de cidadãos desempregados beneficiários de assistência social.

A Agência Federal do Trabalho divulgou nesta sexta-feira (04/01) estatísticas que mostram que os números do desemprego anual alemão caíram para um mínimo inédito, embora a procura por emprego tenha aumentado de novembro a dezembro.

A Alemanha registrou uma média anual de 2,34 milhões de desempregados em 2018, uma queda de 193 mil pessoas. Com isso, a taxa média de desemprego anual atingiu 5,2%, uma queda de 0,5 ponto em relação a 2017.

A agência governamental comunicou também o aumento de 23 mil pessoas à procura de emprego de novembro a dezembro de 2018 – um crescimento de 0,1% em relação ao período imediatamente anterior.

Autoridades da agência atribuíram o aumento nos números de desemprego de dezembro às indústrias sazonais que demitem trabalhadores durantes os meses mais frios. Ao descartar este tipo de ocupação, o número de desempregados registra uma queda de 14 mil pessoas entre novembro e dezembro.

O chefe da Agência Federal do Trabalho, Detlef Scheele, descreveu a situação geral como positiva. "O mercado de trabalho continuou seu forte desenvolvimento, embora as tendências ascendentes da economia tenham perdido um pouco de força", disse.

Scheele acrescentou que ficou particularmente satisfeito em ver o número de desempregados de longa duração cair e em notar uma progressão na integração de refugiados no mercado de trabalho alemão.

A baixa histórica na taxa de desemprego da Alemanha é atingida no momento em que analistas começam a expressar preocupações com uma potencial desaceleração da economia alemã, devido às tensões do comércio global, à volatilidade do mercado e aos desafios dos mercados tradicionais, como a indústria automobilística.

Alguns economistas inclusive alertam que mais cidadãos alemães podem estar trabalhando, mas que muitos estão subempregados em ocupações precárias e com baixos salários.

No dia anterior à divulgação das estatísticas, a Agência Federal do Trabalho disse ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) que o número de beneficiários do Hartz IV, o sistema de assistência social aos desempregados de longa duração do país, também atingiu uma marca mínima histórica.

Em novembro de 2018, cerca de 5,9 milhões de pessoas recebiam os benefícios do Hartz IV. O número representa uma queda de 600 mil lares (17%) desde que o auxílio foi introduzido, em 2008. O recorde é particularmente impressionante, pois o sistema distribuiu benefícios para cerca de 750 mil requerentes de refúgio desde 2015.

O Hartz IV é controverso desde sua apresentação, em 2005 sob o então chanceler federal alemão, o social-democrata Gerhard Schröder. Muitos partidários e políticos do alto escalão do Partido Social-Democrata (SPD) pedem até hoje uma revisão do sistema de auxílio.

PV/afp/kna/dpa

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