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Cunha renuncia à presidência da Câmara

7 de julho de 2016

Deputado diz que é alvo de perseguição e renuncia para "pôr fim à instabilidade". Ele estava afastado da função devido a suspeitas de corrupção.

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Eduardo Cunha
Foto: Reuters/U. Marcelino

O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou nesta quinta-feira (07/07) à presidência da casa. "Resolvi ceder ao apelos generalizados dos meus apoiadores. Somente a minha renúncia poderá pôr fim a essa instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará infinitamente", disse, ao ler sua carta de renúncia em entrevista à imprensa no Salão Nobre da Câmara.

Cunha disse que é alvo de perseguição por ter aceito a denúncia que deu início ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. "Sofri e sofro muitas perseguições em função das pautas. Estou pagando alto preço por dar início ao impeachment", disse, ao emocionar-se, pela primeira vez, em alguns momentos.

O peemedebista disse também que sempre falou a verdade. "Comprovarei minha inocência nesses inquéritos. Não recebi qualquer vantagem indevida de quem quer que seja", disse. Ele foi afastado da presidência da Câmara devido a suspeitas de corrupção e, em várias ocasiões anteriores, negou que iria renunciar.

Com a decisão de Cunha, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias – deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes – para uma espécie de mandato-tampão, ou seja, para um nome que comandará a casa até fevereiro de 2017, quando um novo presidente será eleito.

Com a renúncia, pode se encerrar o impasse sobre a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) no comando da Câmara. Maranhão assumiu o cargo desde que Cunha foi afastado da presidência pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

AS/efe/abr