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EconomiaCroácia

Croácia deve entrar na zona do euro em 2023

1 de junho de 2022

Menos de dez anos após ingressar na União Europeia, croatas receberam luz verde da Comissão Europeia para aderir à moeda comum, tendo cumprido todos os requisitos, como inflação e taxas de câmbio estáveis.

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Mulher observa uma tela de computador com dois modelos de moedas
Croácia apresentou nova moeda de um euro, enquanto se prepara para se tornar o 20º país da UE a aderir à moedaFoto: Zeljko Lukunic/PIXSELL/picture alliance

A partir de janeiro de 2023, a Croácia deve se tornar o 20º país a adotar o euro como moeda, menos de dez anos após ingressar na União Europeia (EU). A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (01/06) que Zabreb cumpriu todos os critérios para ingressar na eurozona.

"Hoje a Croácia deu um passo significativo para a adoção do euro, nossa moeda comum", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ressaltando que a adesão à moeda única "tornará a economia da Croácia mais forte, trazendo benefícios aos seus cidadãos, empresas e sociedade em geral", além de "fortalecer também o euro".

O Parlamento Europeu e os 27 Estados-membros do bloco ainda precisam aprovar a adesão. Uma decisão final é esperada na primeira quinzena de julho. De acordo com a avaliação da Comissão Europeia, não deve haver dificuldades para a aprovação.

Um relatório publicado pelo Banco Central Europeu também concluiu que a Croácia cumpre os requisitos para a adoção do euro. Na cotação atual, um euro vale 7,57 kunas, a moeda nacional croata.

Nem todos os países do bloco utilizam o euro

Embora a União Europeia tenha 27 Estados-membros, apenas 19 utilizam o euro como moeda comum. O estatuto do bloco exige a adoção da moeda por todos os países aptos, com exceção da Dinamarca.

No entanto, os Estados-membros devem primeiro cumprir uma série de condições jurídicas e econômicas, incluindo um baixo déficit público, estabilidade das taxas de câmbio e inflação estável em relação aos valores de referência da UE – exigências cumpridas agora pela Croácia, que ingressou no bloco em 2013.

Além da Croácia, a Dinamarca, Bulgária, Suécia, Romênia, Hungria, Polônia e República Tcheca mantêm suas moedas nacionais. O último país a adotar o euro como moeda comum foi a Lituânia, em 1º de janeiro de 2015. Após a Croácia, a Bulgária deve ser a próxima, uma meta que espera alcançar até janeiro de 2024.

Otimismo e preocupação

Von der Leyen afirmou que, 20 anos após a introdução das primeiras notas, o euro tornou-se uma das moedas mais importantes do mundo e melhorou a vida de milhões de cidadãos em toda a União Europeia. "O euro é um símbolo da força e unidade europeia", destacou.

Na Croácia, o turismo em particular aguarda com grande expectativa a introdução do euro. O país, que conta com uma longa costa no mar Adriático, muitas baías e ilhas pitorescas, depende fortemente do turismo.

Ao mesmo tempo, muitos temem que o custo de vida possa aumentar drasticamente em decorrência da conversão para a moeda comum europeia.

le/av (Reuters, AFP, DPA, ots)