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SaúdeCoreia do Sul

Coreia do Sul e Japão reagem a avanço do coronavírus

15 de dezembro de 2020

Antes referências no combate à pandemia, os dois países asiáticos se deparam agora com aumentos nas infecções. Coreia do Sul já indica que poderá adotar nível máximo de restrições.

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Cidadão recebe um teste de coronavírus em uma clínica improvisada em frente à estação central de Seul em 14 de dezembro de 2020
Para conter a covid-19, a Coreia do Sul decidiu instalar 150 centros de teste gratuitos em SeulFoto: Yonhap/picture alliance

O novo coronavírus colocou a Coreia do Sul "contra a parede", disse o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, nesta segunda-feira (14/12), quando as escolas foram forçadas a fechar sob o que poderá vir a ser um lockdown de nível 3 – o máximo de restrições sociais no país. Seria o primeiro do ano.

Desde janeiro, a Coreia do Sul havia conseguido conter, em grande parte, a propagação do vírus Sars-Cov-19  com o uso de máscaras, restrições a viagens e um estrito distanciamento social. 

Mas, no domingo, o centro sul-coreano de controle de doenças KDCA relatou um recorde diário de 1.030 novas infecções, além de outras 718 no dia seguinte. Embora tais cifras sejam pequenas na comparação com os números registrados nos continentes europeu e americano nas últimas semanas, eles representam um aumento significativo para a Coreia do Sul.

Os maiores surtos foram detectados em Seul, ao redor da província de Gyeonggi, e em Incheon, a metrópole mais populosa do país, com 25 milhões de habitantes.

"Este é um momento crucial para concentrar todas as nossas capacidades de controle viral e poder administrativo no combate ao coronavírus", disse Moon, acrescentando: "Estamos contra a parede."

Cidade onde a covid-19 surgiu volta à normalidade

Escolas fecham, e centros de testes gratuitos são abertos

A partir desta terça-feira, as escolas em Seul e arredores deverão permanecer fechadas, oferecendo apenas aulas online até o fim de dezembro. Centenas de soldados, policiais e outros funcionários do setor público também deram início a um grande esforço de rastreamento para ajudar a localizar portadores do vírus. Para isso, 150 centros de teste gratuitos estão sendo instalados gradualmente na capital – além dos mais de 210 locais já existentes.

Anteriormente, qualquer pessoa que desejasse um diagnóstico por iniciativa própria tinha que pagar caso o teste desse negativo.

Dirigindo-se às autoridades de saúde do país, o primeiro-ministro sul-coreano, Chung Sye-kyun, disse que seu governo não hesitará em adotar o nível 3 de restrições se isso for considerado necessário e que vai levar em consideração as opiniões dos ministérios relacionados, governos locais e especialistas.

Na Coreia do Sul, a quarta maior economia da Ásia, um lockdown de nível 3 não implica um confinamento como o adotado em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, mas visa restringir as atividades sociais e profissionais. Na prática envolve aulas à distância e proibição de reuniões com mais de dez pessoas. 

Críticas ao apoio ao turismo no Japão

No Japão, o primeiro-ministro Yoshihide Suga cedeu à pressão nesta segunda-feira para interromper um sistema de subsídios para viagens domésticas, depois que as autoridades japonesas relataram um recorde de mais de 3 mil novos casos de coronavírus em um único dia no sábado.

Apesar de a aproximação do inverno ter sido acompanhada de um aumento de casos em Tóquio, Osaka e na ilha de Hokkaido, no norte, Suga tem justificado evitar mais restrições com receios por parte do setor econômico.

No próximo ano, o Japão ainda espera sediar os Jogos Olímpicos, que foram adiados.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, visita um hospital na região de Shinjuku, em Tóquio, em 14/12/2020.
Suga tem citado receios pelo setor econômico a fim de evitar maiores restrições no paísFoto: The Yomiuri Shimbun/AP Photo/picture alliance

O médico Fumie Sakamoto, gerente de controle de infecções do Hospital Internacional São Lucas, em Tóquio, pediu mais testes na capital e arredores.

A taxa de positividade em Tóquio se encontra acima de 6%, ou seja, a cada cem pessoas testadas, seis recebem resultado positivo. "Por isso devemos fazer mais alguns testes para reduzir esse número", disse Sakamoto.

IP/ap/rtr/afp/efe