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Conflitos na Síria deixam mais mortos

5 de janeiro de 2013

Tropas do governo sírio continuam atacando pontos estratégicos dos rebeldes, segundo informa o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Subúrbios de Damasco transformam-se em zonas de morte, segundo os ativistas.

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O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado em Londres, declarou que tropas ligadas ao governo do presidente Bashar al-Assad bombardearam o subúrbio de Duma, a nordeste de Damasco, e atacaram Daraya, na zona sudoeste da cidade.

A partir das montanhas Kasiun, as forças governamentais lançaram mísseis e granadas sobre áreas próximas a Daraya e Kfar Susseh, de acordo com um ativista morador da capital. Sobretudo a eventual retomada de Daraya significaria uma importante recuperação de território para Assad. O subúrbio fica perto de uma base militar, da sede do governo e de um dos palácios presidenciais.

ONU busca solução

O jornal Al Watan, ligado ao governo, anunciara já na quinta-feira (03/01) a vitória das tropas de Assad sobre os "terroristas", como o regime costuma se referir aos rebeldes, nas lutas em Daraya. Segundo o governo, teriam sido mortos nos combates diversos membros da Frente Al Nosra, que proclama a jihad ("guerra santa").

Em Duma, dois ataques aéreos causaram a morte de pelo menos 12 pessoas. E um atentado no bairro Barse, de Damasco, onde vivem muitos membros da minoria alauita, à qual Assad pertence, deixou 12 vítimas, inclusive crianças.

Segundo informações divulgadas em Nova York, diante da perpetuação da violência no país, devem acontecer novas reuniões entre representantes dos EUA e da Rússia, e Lakhdar Brahimi, enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria.

O embaixador paquistanês na ONU e atual presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Mahood Khan, afirmou que nesse encontro Brahimi deverá abordar as conversas que teve com o ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov, no último sábado em Moscou. Segundo Khan, há sérios esforços fora do Conselho de Segurança da ONU em prol de um fim do conflito na Síria.

Os choques violentos no país acontecem desde março de 2011. O saldo da ONU é de aproximadamente 60 mil mortos.

SV/afp/dapd
Revisão: Augusto Valente