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Ajuda aos palestinos

17 de dezembro de 2007

Comunidade internacional promete 7,4 bilhões de dólares de ajuda aos palestinos em conferência de doadores realizada em Paris. Valor é superior ao pretendido pela Autoridade Nacional Palestina.

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O ministro francês do Exterior, Bernard Kouchner (e) e seu colega de pasta alemão, Frank-Walter SteinmeierFoto: AP

Três semanas após o encontro em Annapolis, nos Estados Unidos, em que foi retomado o processo de paz para o Oriente Médio, a comunidade internacional prometeu aos palestinos, na conferência de doadores realizada nesta segunda-feira (17/12) em Paris, ajudas financeiras no total de 7,4 bilhões de dólares (5,15 bilhões de euros).

A soma, anunciada pelo ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, ultrapassa as expectativas dos palestinos. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) havia apresentado pedido de 5,6 bilhões de dólares para os próximos três anos para poder implementar um processo de reforma nos territórios autônomos.

O suporte financeiro à ANP é visto como decisivo para a criação de um Estado palestino. A Alemanha pretende participar com 200 milhões de euros até 2010, a União Européia disponibilizou 448 milhões de euros. Os Estados Unidos prometeram 350 milhões de euros.

Steinmeier critica Israel

A contribuição da Alemanha deverá ser utilizada para o financiamento de projetos concretos, tais como a construção de escolas, programas de geração de empregos e o fornecimento de água à população, acentuou a ministra alemã da Cooperação Econômica, Heidemarie Wieczorek-Zeul.

Frank-Walter Steinmeier, ministro alemão das Relações Exteriores, exigiu a suspensão das barreiras comerciais impostas pelos israelenses aos palestinos. "Israel precisa permitir que as mercadorias produzidas em territórios palestinos também possam deixar o país", disse ele em pronunciamento à margem da conferência.

Steinmeier apelou ainda a Israel para não "quebrar as promessas de parar com a construção de assentamentos". Manifestou ainda satisfação com o fato de a criação de um Estado palestino independente ter sido incluída na pauta de uma conferência internacional pela primeira vez após sete anos. Mas ressaltou também que o sucesso das negociações depende de os palestinos cumprirem as garantias que fizeram com respeito à segurança.

Repercussão divergente em Jerusalém

A ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, mostrou-se condescendente durante a conferência: "Queremos que as barreiras comerciais e os impedimentos no cotidiano sejam abolidos." Mas não anunciou nenhum cronograma concreto para a suspensão das barreiras.

Já o primeiro-ministro Ehud Olmert deixou claro que, para ele, a segurança de Israel está acima dos empenhos pelo fortalecimento da economia palestina. Israel não fará concessões em questões importantes da segurança, disse ele.

Participaram da Conferência de Paris delegações de 90 países e instituições. Na última conferência internacional de doadores, realizada em 1996, foram levantados recursos no valor de 845 milhões de dólares. (lk)