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Comitê de Ética inocenta presidente da Fifa

5 de agosto de 2016

Gianni Infantino era acusado de violar código de ética em processos de contratação e ao voar em jatos particulares pagos por terceiros. "Benefícios usufruídos não foram considerados impróprios", diz comunicado.

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Gianni Infantino
Foto: picture alliance/dpa/J. Mendez

O Comitê de Ética da Fifa inocentou nesta sexta-feira (05/08) o presidente da entidade, Gianni Infantino. O suíço-italiano, eleito em fevereiro, era acusado de violar o código de ética em processos de contratação e por usar jatos particulares pagos por terceiros.

"Verificou-se que Infantino não cometeu nenhuma violação do código de ética. A câmara decisória tomou conhecimento e aceitou a deliberação da câmara de investigação", afirmou o Comitê de Ética em comunicado.

A organização investigava voos em jatos particulares para a Rússia e o Catar, sedes das duas próximas Copas do Mundo, pagos pelo ministro russo do Esporte, Vitaly Mutko, e pela gigante do setor energético Gazprom, patrocinadora da Fifa. O comitê também analisou viagens que Infantino fez com a Uefa para se reunir com dirigentes na Eslovênia.

O Comitê de Ética afirmou que "não foram identificadas situações relevantes envolvendo conflitos de interesse relacionados à posição de Infantino, e os benefícios usufruídos por Infantino não foram considerados impróprios à luz das regras e regulamentos da Fifa".

Vanessa Allard, membro da câmara de investigação que liderou o inquérito, afirmou que as práticas de contratação de Infantino e a recusa em assinar um contrato que especifica sua relação de trabalho com a Fifa são "problemas de conformidade internos, e não uma questão de ética".

Logo depois do anúncio do Comitê de Ética, Infantino afirmou estar "satisfeito" por ter sido inocentado de qualquer irregularidade após uma "profunda revisão".

Tempos turbulentos

A investigação ocorreu num momento difícil para a Fifa, após vários de seus funcionários serem indiciados por acusações de corrupção nos EUA nos últimos anos, incluindo membros de seu antigo Comitê Executivo. A entidade também foi forçada a abrir um inquérito sobre a escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022 – Rússia e Catar, respectivamente.

O antecessor de Infantino, Sepp Blatter, foi banido pelo Comitê de Ética. E o ex-presidente da Uefa, Michel Platini, que era visto como o favorito para suceder Blatter, cumpre uma suspensão de quatro anos de todas as atividades relacionadas ao futebol.

FC/rtr/afp/dpa/ap