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China permite retomada parcial de voos internacionais

4 de junho de 2020

Após Washington ameaçar impedir aéreas chinesas de voarem para os EUA, Pequim decide relaxar proibições impostas a companhias estrangeiras em razão da pandemia de covid-19.

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Delta Airlines quer retomar voos para a China, após suspender rotas no auge da pandemia de covid-19
Delta Airlines quer retomar voos para a China, após suspender rotas no auge da pandemia de covid-19Foto: picture alliance/AP Photo/D. Goldman

A agência que regula a aviação na China anunciou nesta quinta-feira (04/06) que um número maior de empresas aéreas estrangeiras poderá realizar voos para o país, após o relaxamento de restrições impostas pela pandemia de covid-19.

O anúncio foi feito após o governo dos Estados Unidos anunciar que iria impedir quatro companhias aéreas chinesas de voarem para o país, após Pequim não permitir que as americanas Delta e United Airlines retomassem os voos para a China. 

Após a imposição, em março, de restrições ao tráfego aéreo na China, as empresas que operavam voos para o país tiveram permissão para fazê-lo apenas uma vez por semana. Antes mesmo dessa decisão, a Delta e a United suspenderam as viagens para o território chinês e, recentemente, pediram permissão para retomar os voos.

A Administração de Aviação Civil da China informou que as empresas que não estão relacionadas na lista de março também poderão realizar um voo por semana a partir da próxima segunda-feira, 8 de junho. Ao todo, 95 empresas que tiveram os voos suspensos poderão se registrar para reiniciar os trajetos.

Todas as empresas estrangeiras autorizadas a operar na China poderão futuramente aumentar seus voos para até dois por semana, se nenhum caso de covid-19 for detectado nos passageiros ao longo de três semanas. As rotas nas quaise a partir de cinco passageiros forem diagnosticados com o coronavírus serão suspensas por uma semana.

A disputa envolvendo as companhias aéreas se tornou o mais recente episódio das tensões entre os EUA e a China, que envolvem comércio, tecnologia, direitos humanos, a autonomia de Taiwan e o status de Hong Kong.

Antes do anúncio chinês, o Departamento de Transportes dos Estados Unidos acusou Pequim de violar um acordo de 1980 referente às viagens aéreas, que estipula que as autoridades chinesas devem permitir que as empresas americanas realizem a mesma quantidade de voos para o país que a China realiza para os EUA, de maneira recíproca. A China assegura que não age em violação ao acordo, uma vez que as mesmas regras de um voo por semana se aplicam às empresas chinesas.

A agência americana disse que o presidente Donald Trump poderia validar a ordem de proibição a empresas chinesas de voar para os EUA antes de 16 de junho. Se confirmada, a ordem poderá afetar as companhias Air China, China Eastern Airlines, China Southern Airlines e a Xiamen Airlines.

Antes da pandemia, eram realizados 325 voos por semana entre os dois países. Após as empresas americanas suspenderem as rotas, as chinesas realizaram 20 voos semanais em meados de fevereiro e outros 34 em meados de março.

No mês passado, a Delta e a United anunciaram a intenção de retomar os voos para a China a partir de junho. A United quer retomar os voos que cobrem as rotas de São Francisco para Xangai e Pequim e de Newark e Nova Jersey também para Xangai. A Delta quer reiniciar os trajetos para Xangai via Seul a partir de Seattle e Detroit.

RC/ap/rtr

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