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CD sob medida contra piratas musicais

(av)10 de junho de 2003

Quantas vezes compramos um álbum apenas por causa de uma determinada faixa, o resto é mero lastro musical. Uma loja de Lübeck realiza o sonho de muitos melômanos e revoluciona o consumo musical: o "CD individual".

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Com o 'CD individual' o consumo de música será interativoFoto: AP

Ponto para a indústria fonográfica na penosa luta contra a pirataria musical na internet. Com a participação de Sony Music e Universal Music, a firma IMHG, da cidade de Lübeck, está introduzindo o sistema individual CD.

Munido de um minicomputador (seu personal digital assistant), o cliente do Pressezentrum escaneia o código de barras dos CDs expostos. O PDA comunica a escolha ao banco de dados interno. Através de uma tela touch screen, o comprador acessa o arquivo sonoro, onde pode escutar até 30 segundos de cada faixa armazenada, para selecionar e ordenar um máximo de 15 dentre os 20.000 títulos disponíveis.

Em seguida, dirige-se ao caixa, onde seu CD pessoal é gravado num prazo de quatro a cinco minutos. Cada título custa 0,99 euro, mais dois euros pelo CD virgem, gravação, estojo e impressão da capa – personalizada, é claro. Assim, um CD individual acaba custando aproximadamente o mesmo que um álbum convencional.

Pagar só pelo que se ouve

A idéia não é nova, mas sua implementação exigiu anos e uma certa coragem. Longe de competir com os CDs "normais", o sistema visa o consumidor que, não estando disposto a comprar um CD só por causa de uma faixa ou duas, acabaria baixando-as da internet em MP3, muito provavelmente de um site pirata.

Martin Salzmann, proprietário do Pressezentrum, tem sido, ele mesmo, vítima desse comportamento dos consumidores: a participação da venda de CDs no faturamento total de sua loja caiu de 70%, em 1999, para menos de 50%, em 2002.

Salzmann está negociando com outras grandes da indústria fonográfica, como a BMG, EMI e Warner Music, com o fim de ampliar sua oferta para um milhão de títulos. Caso o projeto vingue, ele será aplicado – também em caráter experimental – em outras lojas, dentro dos próximos seis meses, revelou Mic Jogwer, do departamento "New business" da Sony Music. No futuro, o sistema poderá até mesmo ser instalado em postos de gasolina, hotéis e outros locais públicos.