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Canadá vai doar à OMS vacina experimental contra o ebola

13 de agosto de 2014

Até mil doses da substância, que ainda não foi testada em humanos, devem ser disponibilizadas à África Ocidental. Decisão vem após OMS aprovar uso de tratamentos experimentais diante da gravidade da epidemia atual.

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Ebola Gefahr Berlin 11.08.2014
Foto: Getty Images

O Canadá anunciou nesta terça-feira (13/08) que vai doar à Organização Mundial da Saúde (OMS) até mil doses de uma vacina experimental contra o ebola para ser utilizada nos países da África Ocidental afetados pela epidemia.

A decisão anunciada pela Agência de Saúde Pública do Canadá veio após a OMS declarar que considera ético oferecer drogas experimentais a pacientes infectados pelo vírus, que já matou mais de mil pessoas no surto atual.

Segundo a ministra Saúde do Canadá, Rona Ambrose, o Canadá vai doar entre 800 e 1.000 doses da vacina, das cerca de 1.500 que detém. O governo canadense, responsável pelo desenvolvimento do medicamento, disse que manteria um suprimento no país, caso haja necessidade de uso doméstico.

A vacina, conhecida como VSV-EBOV e desenvolvida há alguns anos, nunca foi testada em seres humanos, apenas em animais, ainda que os resultados tenham sido animadores.

"Não se sabe quão segura é a vacina e quais efeitos colaterais ela terá. Mas diante das atuais circunstâncias na África, estamos tentando fazer tudo o que podemos para ajudar", afirma Greg Taylor, vice-chefe de saúde pública da Agência de Saúde Pública do Canadá.

Provavelmente, as doses doadas à África serão disponibilizadas a assistentes de saúde, diz Taylor. Ele afirma que o Canadá precisaria de quatro a seis meses para produzir a vacina em larga escala.

A Agência de Saúde Pública do Canadá também participou do desenvolvimento do ZMapp, um soro experimental para tratamento do ebola licenciado pela empresa americana Mapp Biopharmaceutical. O medicamento foi usado para tratar dois americanos infectados pelo vírus. Nesta terça-feira, a Libéria anunciou que receberia a droga para aplicar em dois médicos do país.

LPF/rtr/lusa/dpa