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Cai número de passageiros aéreos na Suécia em 2019

10 de janeiro de 2020

Redução maior, 9%, ocorre em voos domésticos. Declínio é impulsionado pela vergonha de voar causada pelo impacto do setor sobre as emissões de gases que causam as mudanças climáticas.

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Aviões no terminal do aeroporto de Estocolmo
Suécia é a terra natal do movimento antivoo e de Greta ThunbergFoto: picture-alliance/NurPhoto/A. Widak

O número de passageiros aéreos na Suécia caiu 4% em 2019, divulgou nesta sexta-feira (10/01) a operadora estatal sueca de aeroportos Swedavia. A queda foi impulsionada pela redução nos voos domésticos.

"Vemos uma série de razões [para a queda], como o imposto sobre a aviação, o enfraquecimento da coroa sueca, preocupações econômicas, mas também o debate climático", afirmou o porta-voz da Swedavia, Robert Pletin.

Foi na Suécia que surgiu o movimento "vergonha de voar" (flygskam), que promove a redução nas viagens aéreas devido a seus impactos ambientais. A aviação civil é uma grande fonte de emissões de CO2, que causam o aquecimento global.

A Suécia também é o país natal da ativista do clima Greta Thunberg, que em meados de 2019, atravessou o Oceano Atlântico não de avião, mas de barco, a fim de ir condenar os líderes do mundo por não estarem protegendo devidamente o planeta.

Segundo a Swedavia, mais de 40 milhões de passageiros passaram por aeroportos suecos em 2019, contra 42 milhões no ano anterior. O maior declínio foi registrado em voos domésticos, 9%. Foi o segundo ano seguido de redução na quantidade de passageiros em viagens dentro do próprio país. A Alemanha apresenta uma tendência semelhante. A associação de aeroportos ADV prevê uma queda de 2,9% no número de voos no país.

O movimento antivoo surgiu em 2017, depois de o cantor sueco Staffan Lindberg prometer não voar mais devido aos impactos climáticos. O flygskam se espalhou pelo país e pelo mundo, em meio às preocupações crescentes com as mudanças climáticas.

O crescimento do movimento antivoo colocou a indústria da aviação na defensiva. Em novembro, a Associação de Transporte Aéreo Internacional, órgão da indústria global, disse que lançaria uma campanha destinada a combater a imagem negativa do setor e promover seus esforços para conter emissões.

CN/rtr/ots

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