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Cúpula alemã busca novos contatos nos EUA

Daniel Scheschkewitz, correspondente em Washington17 de novembro de 2003

Chanceler federal da Alemanha e seu vice visitam esta semana os Estados Unidos, mas tratam de assuntos diferentes. Schröder cuida de negócios e Fischer discute política.

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Aproximação na questão iraquiana?Foto: AP

Na última visita do ministro alemão das Relações Exteriores e vice-chanceler Joschka Fischer a Washington, em julho, ainda havia muito o que consertar nas relações teuto-americanas. Mas após as conversas conciliatórias entre o presidente americano George W. Bush e o chanceler federal da Alemanha, Gerhard Schröder, durante a Assembléia Geral da ONU em setembro, o clima tempestuoso entre os dois países arrefeceu.

É verdade que as relações bilaterais entre os Estados Unidos e a Alemanha ainda não retornaram ao mesmo ambiente de antes da crise iraquiana. No entanto, já se retomou o diálogo em todos os níveis de governo e talvez, com o acirramento das dificuldades no Iraque, tenha crescido o interesse de Washington pela posição alemã.

Iraque, Irã e Oriente Médio

Nesta segunda-feira, Joschka Fischer conversa com o secretário de Estado americano, Colin Powell, sobre a situação no Iraque, Irã e Oriente Médio. Depois, o ministro verde tem encontro na Casa Branca com Condoleezza Rice, a assessora de segurança de Bush. O presidente viaja à noite para uma visita oficial à Grã-Bretanha e deseja embarcar sabendo como os adversários da guerra andam vendo os acontecimentos no Golfo Pérsico.

Colin Powell und Joschka Fischer Flaggen
Colin Powell e Joschka FischerFoto: AP

Mas também o governo alemão está em busca de esclarecimentos. Juntamente com a França, a Alemanha reivindicou logo após a vitória militar americana no Iraque a imediata internacionalização do trabalho de reconstrução do país e a devolução mais rápida possível da soberania política aos iraquianos. Nos últimos dias, o governo Bush tem falado quase a mesma língua, mesmo que até agora não estejam claros um cronograma e a forma desta transferência de poder.

Necessidade de clareza há igualmente na questão das velhas dívidas iraquianas. Este tema está na agenda que Fischer terá com o presidente do Banco Mundial em Washington. James Wolfensohn sugeriu recentemente um amplo perdão ao Iraque. Somente à Alemanha, o país do Golfo Pérsico deve mais de dois bilhões de euros.

Anti-semitismo e negócios

Após seus compromissos em Washington, o ministro das Relações Exteriores segue para Nova York, onde tem agendados encontros nas Nações Unidas. Na quinta-feira, o chanceler federal Gerhard Schröder igualmente desembarca na metrópole e une-se a Fischer para uma reunião com organizações judaicas. Nos Estados Unidos, as recentes notícias de tendência anti-semita na Alemanha, entre elas sobre o caso Hohmann, vêm causando certa preocupação.

O verdadeiro motivo da viagem do chefe de governo a Nova York é entretanto a entrega do prêmio Global Leadership Awards ao presidente do Citygroup, Sanford Weill, que será agraciado pelo Instituto de Estudos Contemporâneos sobre a Alemanha nos Estados Unidos. Além disso, Schröder terá encontros com empresários e executivos norte-americanos.

Em sua agenda não há compromissos políticos. O próprio presidente Bush só retorna de sua viagem à Grã-Bretanha na sexta-feira. De acordo com o jornal Financial Times Deutschland, a Chancelaria Federal e a Casa Branca estariam acertando um encontro de cúpula somente para fevereiro de 2004. (mw)