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Bundesliga, um dos motores da economia alemã

Maximiliane Koschyk (fca)14 de agosto de 2015

Futebol é um dos maiores geradores de emprego da Alemanha, com 110 mil pessoas trabalhando em tempo integral. Evento é avaliado em quase 8 bilhões de euros, mas crescer mais do que isso é uma tarefa complicada.

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Foto: picture alliance/Perenyi

Uma pesquisa divulgada recentemente pela consultoria McKinsey mostra que o Campeonato Alemão impulsiona consideravelmente o mercado de trabalho do país. Por causa da Bundesliga, 110 mil pessoas trabalham em tempo integral – se comparada com empresas que detêm ações na Bolsa de Frankfurt, o número coloca o evento esportivo como o quarto maior empregador privado alemão.

"O futebol alemão está se desenvolvendo bastante não só do ponto de vista esportivo, mas também no âmbito econômico", afirma Thomas Netzer, autor do estudo e diretor da McKinsey em Colônia, em entrevista à agência de notícias DPA.

Dados da temporada 2013/14 mostram que o campeonato vale hoje 7,9 bilhões de euros – 50% a mais que os números divulgados no estudo anterior, realizado há cinco anos. Contudo, a Bundesliga tem uma participação bem menor na economia em comparação com empresas de setores mais importantes, como a indústria automobilística. Juntos, os 56 maiores clubes das três principais divisões do futebol local foram responsáveis por apenas 0,3% do crescimento do PIB alemão registrado em 2014.

No país, contudo, o futebol profissional tem mostrado uma expansão mais rápida que de outros setores. Com uma taxa anual de 6,1%, o esporte mais popular do mundo cresce mais que a engenharia automotiva, os serviços de TI e até mesmo o PIB. "O setor tem sido um verdadeiro motor de crescimento", diz Netzer.

Limitações

Os lucros com o aumento das vendas beneficiam tanto os torcedores quanto o setor público. A Liga de Futebol Alemã (DFL), responsável pela organização da primeira e segunda divisões, gera anualmente 2,3 bilhões de euros em impostos e seguro social – o que inclui, por exemplo, gastos adicionais do governo com segurança e transporte público em dias de jogos.

Porém, o Campeonato Alemão dificilmente se tornará um líder na economia do país, já que sobra pouco espaço para alcançar uma taxa de expansão maior que atual. As três divisões têm um número de limite de 600 jogos, o que corresponde a 900 horas de futebol.

Vendas de ingressos e patrocínio são bons negócios, mas estão chegando ao limite. Normalmente, os estádios utilizados na Bundesliga atingem 90% da capacidade – 5% a menos que a média da Premier League inglesa.

De acordo com Netzer, um crescimento de 35% poderia ser atingido até 2020, impulsionado pelo merchandising, direitos de transmissão para TV e patrocínio. Porém, outras medidas, como o aumento do preço dos ingressos, poderiam colocar em risco o principal alicerce do Campeonato Alemão: os torcedores.