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Bremen investiga esquema de concessão ilegal de refúgio

20 de abril de 2018

Duas mil pessoas teriam obtido refúgio por meio de fraude em agência de imigração da cidade do norte da Alemanha. Maioria dos beneficiários é da minoria étnica yazidi.

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Requerentes de refúgio fazem fila diante de unidade do BamfFoto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte

Promotores públicos alemães abriram um inquérito para investigar suspeitas de irregularidades na concessão de refúgio na Alemanha. O foco das investigações é uma ex-diretora da agência do Departamento Federal para Refugiados e Imigração (Bamf) na cidade-estado de Bremen, que estaria por detrás de um esquema para conceder acolhimento de forma ilegal a mais de mil migrantes.

A promotora Claudia Kück afirmou nesta sexta-feira (20/04) que 1.200 pessoas, na maioria membros da minoria yazidi, teriam recebido o benefício sem preencherem as devidas qualificações. As emissoras públicas NDR e Radio Bremen, e o jornal Süddeutsche Zeitung informaram que seriam cerca de 2 mil casos de concessões irregulares de refúgio para pessoas da etnia yazidi e também sírios.

Leia também:Alemanha receberá 10 mil refugiados em novo sistema da UE

As autoridades também investigam três advogados, um tradutor e um intermediário por suspeita de envolvimento no esquema. Kück disse que os requerentes eram levados de outros estados alemães para Bremen propositalmente, para lá entrarem com os pedidos de refúgio. Apenas 98 desses processos eram de responsabilidade da agência do Bamf em Bremen. Os demais requerentes vinham do estado vizinho da Baixa Saxônia e da Renânia do Norte-Vestfália.

A promotoria pública de Bremen aprovou nesta sexta-feira a abertura de processo de suborno e corrupção. Buscas foram realizadas em oito propriedades em Bremen e na Baixa Saxônia nesta quarta e quinta-feira, incluindo dois escritórios de advocacia.

Uma porta-voz do Ministério do Interior afirmou que se trata de um caso isolado. O Bamf afirmou que entrou com uma queixa criminal contra a ex-funcionária e que colabora com as investigações.

Os membros da etnia yazidi – uma religião curda com antigas raízes indo-europeias – foram alvos de violentas perseguições durante o avanço da organização extremista "Estado Islâmico" (EI) no Iraque, a partir de 2014.

RC/dpa/rtr

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