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Reações a Obama

9 de novembro de 2010

Ministro alemão do Exterior destaca cooperação com Índia na ONU. Lula cobra de Obama que abra o Conselho de Segurança a outros países. Paquistão acusa Índia de violar resoluções sobre Caxemira.

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Conselho de Segurança: cadeiras permanentes para Brasil, Alemanha, Índia e Japão?Foto: cc-by-sa-Patrick Gruban

O ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, saudou o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de apoiar a Índia em seus esforços por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Isso corresponde também à posição alemã", assegurou Westerwelle nesta segunda-feira (08/11), durante sua viagem pelo Oriente Médio. "Eu mesmo destaquei em minha recente viagem pela Índia a extraordinária cooperação com esse país nas Nações Unidas", acrescentou.

Junto com Brasil, Índia e Japão, a Alemanha compõe o chamado G4, grupo que defende sua inclusão permanente no Conselho de Segurança da ONU. Em 2011, com Alemanha, Índia e Brasil, três dos quatro países do grupo estarão representados como membros não permanentes no órgão mais importante das Nações Unidas.

Lula quer que Obama assuma compromisso

Para o presidente brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva, a posição norte-americana não é uma ameaça às pretensões brasileiras por um assento permanente no órgão da ONU.

Ao chegar a Moçambique, nesta segunda-feira, para uma visita de dois dias, Lula disse que o Brasil defende a participação da Índia como membro permanente do Conselho de Segurança, por fazer parte do G4. "Eu só espero que o presidente Obama faça agora desse compromisso com a Índia uma profissão de fé e consiga efetivamente abrir o Conselho de Segurança a outros países" afirmou.

Já o Paquistão, vizinho e rival da Índia, criticou a posição de Obama. Em Islamabad, o Ministério de Relações Exteriores do Paquistão acusou a Índia de "violações permanentes e evidentes" das resoluções da ONU sobre Caxemira, motivo pelo qual argumenta que a Índia não estaria em condições de integrar o Conselho de Segurança. A dividida região de Caxemira é motivo de conflito entre as duas potências nucleares há décadas.

RW/dpa/rtd

Revisão: Carlos Albuquerque