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Bolsonaro deixa o hospital

29 de setembro de 2018

Presidenciável vai seguir para o Rio de Janeiro. Em 23 dias de ausência do candidato, campanha do militar reformado, líder nas pesquisas, registrou uma série de controvérsias.

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Bolsonaro na cama do hospital dias após sofrer a facada
Bolsonaro na cama do hospital dias após sofrer a facadaFoto: picture-alliance/dpa/F. Bolsonaro

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) recebeu alta e deixou neste sábado (29/09) o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após passar 23 dias internado. O militar reformado deixou o local por volta de 14h e seguiu para o aeroporto de Congonhas, onde embarcaria em um voo para o Rio de Janeiro.

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 Ele não falou com a imprensa e com os apoiadores que esperavam em frente ao hospital. O boletim médico que informou sobre a alta não tinha detalhes sobre seu estado de saúde.

Na saída do hospital, o deputado Major Olímpio (PSL-SP) disse a jornalistas que Bolsonaro está pronto para retomar a campanha, mas o presidente do PSL, Gustavo Bebbiano, afirmou que o presidenciável não terá condições de participar atos públicos pelos próximos dias.

Nesta sexta-feira, Bolsonaro postou uma foto em sua conta no Instagram em que aparece se barbeando no hospital. "Me preparando para voltar à ativa", escreveu na legenda.

Bolsonaro foi internado no Albert Einstein no dia 7 de setembro, após sofrer um ataque com faca no abdômen no dia anterior, durante um evento em Juiz de Fora (MG). Após o atentado, ele teve que se submeter a duas cirurgias.

O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, foi indiciado pela Polícia Federal por prática de atentado pessoal por inconformismo político, um crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Segundo a PF, Oliveira agiu sozinho no momento do ataque e descartou o envolvimento de terceiros.

Enquanto esteve afastado da sua campanha, Bolsonaro permaneceu na liderança das pesquisas eleitorais. O último levantamento Datafolha, divulgado na sexta-feira, aponta que ele tem 28% das intenções de voto.

Nesses 23 dias de ausência, sua campanha também registrou uma série de controvérsias. Sem Bolsonaro, figuras como seu guru econômico, Paulo Guedes, e seu vice, Hamilton Mourão, assumiram um protagonismo maior e acabaram dessagrando ao próprio Bolsonaro.

Guedes disse que era favorável a recriar a CPMF e acabou  sendo desautorizado pelo candidato. Depois, passou a evitar aparecer na mídia. Já o general Mourão gerou uma nova crise na campanha nesta semana ao criticar o 13º salário. Mais uma vez, Bolsonaro teve que intervir do hospital para desautorizar a fala de alguém do seu círculo por meio do Twitter.

Na sexta-feira e neste sábado, Bolsonaro também teve que lidar com reportagens da Folha de S.Paulo e da revista Veja que publicaram reportagens sobre seu processo de separação de Ana Cristina Siqueira Valle em 2008. Detalhes do caso apontam que Valle acusou Bolsonaro de agressividade e de furto de um cofre. Ela ainda apontou que ele vivia com renda superior ao que recebia como deputado federal e militar da reserva. Em reposta, Bolsonaro disse que pretende processar a Veja.

Na sexta-feira, em entrevista ao apresentador José Datena, Bolsonaro também voltou a fazer comentários colocando em suspeição o resultado das eleições. "Não posso falar pelos comandantes (militares). Pelo que vejo nas ruas, eu não aceito resultado diferente da minha eleição”, disse ele.

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