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Berlim promete novo sistema eletrônico antiterrorismo

23 de janeiro de 2017

Sistema informatizado permitirá avaliar e rastrear ameaças terroristas, intensificando a cooperação entre as autoridades alemãs. Ministro do Interior Thomas de Maizière enfatiza necessidade de melhorar comunicação.

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Ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière
Foto: picture alliance/dpa/S. Stache

Um novo sistema informatizado de avaliação de ameaças, denominado Radar, ajudará a rastrear potenciais terroristas, aumentando a cooperação entre as autoridades alemãs. Em entrevista ao semanário alemão Bild am Sonntag, o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, anunciou que ele permitirá uma melhor comunicação entre a polícia e o judiciário.

O sistema foi criado em conjunto pela Universidade de Zurique e o Departamento Federal de Investigações da Alemanha (BKA). Ele permitirá avaliar a potencial ameaça de terroristas islâmicos como moderada, acentuada ou de alto risco.

De Maizière destacou que "as autoridades federais e estaduais também precisam de melhores argumentos frente ao Judiciário quando reivindicam medidas", acrescentando que o novo sistema será um "bloco de construção crucial ". Ele será apresentado nos estados até o fim de junho e implementado nos mais sujeitos a ameaças potenciais.

Segurança alemã sob crítica

O Radar é uma entre diversas melhorias às medidas de segurança previstas na Alemanha. Elas incluem ação mais rigorosa contra quem falsifique a identidade e vigilância mais rigorosa de terroristas potenciais. Anis Amri, o presumível autor do atentado a um mercado natalino de Berlim em dezembro, usou múltiplas identidades antes do ataque.

Desde então, as forças de segurança alemãs estão sob duras críticas. O tunisiano era conhecido pelas autoridades e foi identificado como ameaça potencial mais de um ano antes do ataque com um caminhão que resultou em 12 mortes. No entanto, não pôde ser legalmente deportado depois de ter recusado seu pedido de asilo na Alemanha, pois a Tunísia não enviou os documentos necessários para a deportação.

O vice-presidente do painel de supervisão parlamentar dos serviços de inteligência, Clemens Binninger, declarou recentemente à emissora alemã Deutschlandfunk que deve haver uma "liderança mais clara em nível federal" para lidar com possíveis ataques terroristas.

"No caso de Amri, cerca de 45 autoridades ou agências estiveram envolvidas em algum ponto durante o último ano e meio, incluindo delegacias de polícia, serviços de notícias, agências de polícias estaduais, o BKA, autoridades estrangeiras, a secretaria do Interior da Renânia do Norte-Vestfália e promotores. Cerca de 45. Como obter um procedimento uniforme, dessa forma?"

PV/afp/dpa