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Bayer oferece 62 bilhões de dólares por Monsanto

23 de maio de 2016

Se negócio com agroquímica americana for concretizado, o gigante farmacêutico Bayer se tornará o maior fornecedor mundial de herbicidas e sementes. Grupo alemão pretende pagar 122 dólares por cada ação da empresa.

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Foto: picture-alliance/dpa

Em meio a protestos, Bayer quer comprar emrpesa Monsanto

O gigante grupo farmacêutico alemão Bayer apresentou uma oferta de 62 bilhões de dólares para comprar a empresa agroquímica americana Monsanto, anunciou a companhia nesta segunda-feira (23/05).

A Bayer ofereceu 122 dólares por cada ação da Monsanto. Caso o negócio se concretize, a empresa se tornará o maior fornecedor mundial de herbicidas e sementes.

A notícia repercutiu na Bolsa de Frankfurt, que abriu em queda. As ações da Bayer caíram mais de 3% na manhã desta segunda-feira. Analistas do mercado financeiro consideram a oferta da Bayer "bastante alta".

O faturamento do grupo aumentaria para cerca de 60 bilhões de euros com a fusão. Atualmente, a Bayer detém 46,3 bilhões de euros. O número de empregados passaria de 117 mil para 140 mil.

Após rumores, a Bayer confirmou na semana passada que pretendia adquirir a Monsanto. Se for levado adiante, o processo de aquisição terá que ser aprovado pelas autoridades antitruste dos Estados Unidos. A proposta deve encontrar resistência por causa do domínio da nova empresa no setor de sementes e herbicidas.

Segundo o jornal The Wall Street Journal, juntas, a Bayer e a Monsanto controlariam 28% das vendas de herbicidas no mundo. Elas também seriam fortes no mercado de sementes de cereais e de soja nos Estados Unidos.

O fato de a Monsanto ser forte nos EUA, e a Bayer, na Europa e na Ásia, pode servir como um bom argumento para a aprovação da fusão. No ano passado, a Monsanto tentou adquirir a concorrente suíça Syngenta, que ao final ficou nas mãos de empresários chineses.

A empresa americana é a fabricante do controverso herbicida glifosato, muito criticado por ambientalistas e suspeito de causar câncer. A licença para o uso da substância na União Europeia acaba no fim de junho, e a renovação está sendo analisada pelas autoridades europeias.

MD/efe/ap/rtr/afp/dpa